[ Dia 19-09-2001 ] – Carlos Roque, candidato PSD/PP a Alcochete.

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Setúbal na Rede – Porque é que se candidata à Câmara de Alcochete, pela coligação PSD/PP?

Carlos Roque – Candidato-me porque entendo que o PSD deverá participar nas pequenas e grandes decisões que possam influenciar e modificar a qualidade de vida da população. Outro estímulo precioso para a candidatura foi o pensamento do eminente filósofo austríaco Karl Popper que, num dos seus trabalhos, escreveu: “Penso que só há um caminho para a Ciência, Filosofia ou Política – encontrar um problema, ver a sal beleza e apaixonar-se por ele”. Somos apaixonados por Alcochete, amamos Alcochete.

SR – Num concelho que tem dado vitórias sucessivas ao PCP e em que o PSD tem uma expressão reduzida, acha que pode ser eleito vereador?

CR – Eu simbolizo a coligação existente, sou referência viva dessa coligação cujo lema é Renovar e Trabalhar para Alcochete. Sou um homem determinado, convicto, confiante, e que acredita nos resultados desta coligação. E faremos, certamente, com que Alcochete nunca mais seja como dantes. Com todos nós, em conjunto, é possível e desejável acabar com a hegemonia do Partido Comunista.

Face às novas acessibilidades, que fazem do concelho um local privilegiado e procurado, Alcochete exige, naturalmente, uma gestão mais dinâmica, consistente e integrada. Cremos que, para dar resposta às exigências motivadas pela própria ponte, somos a alternativa certa e credível, capaz de colocar ao serviço da comunidade, sem medos nem pessimismos, todas as nossas energias, vontade de trabalhar e saberes. E, naturalmente, mitigar experiências com as outras forças políticas. Isto é, temos total disposição para trabalhar em conjunto, no sentido de contribuir positivamente para o desenvolvimento do concelho e da população.

SR – Como é que vê os outros candidatos?

CR – O actual presidente, da CDU, afigura-se-me um homem sério, honesto e bem intencionado. Mas é, inevitavelmente, um homem cansado porque a hegemonia comunista, com cerca de 20 anos de gestão autárquica, leva-nos a pensar e a concluir que o cansaço, o natural desgaste e a passividade a que tem estado sujeito ao longo dos anos, geram motivos para um natural descontentamento de uma franja da população. Razão pela qual, entendemos que, certamente, não tem condições para renovar mais um mandato. O candidato do PS também me parece um homem bem intencionado. Aliás, todos os candidatos o são porque querem, naturalmente, o melhor para a sua terra.

SR – Devido ao aumento da população, o número de lugares na Câmara aumenta este ano de cinco para sete. Isso poderá facilitar a entrada de um vereador do PSD?

Cr – O facto do número de vereadores passar de cinco para sete, torna possível o equilíbrio das forças políticas na Câmara Municipal com a possível entrada de um vereador da coligação PSD/PP.

SR – Quais são as propostas da coligação para o concelho?

CR – Efectivamente, tem-se verificado um crescimento urbanístico do concelho que, curiosamente, não tem sido acompanhado com o natural desenvolvimento. Isso significa que as estruturas sociais ficam aquém desse crescimento. As nossas propostas são de rigor nas políticas relacionadas, fundamentalmente, com o urbanismo e o ambiente. Temos, necessariamente, de preservar o interesse das populações futuras, evitando a descaracterização da nossa terra cujas características são predominantemente turísticas e viradas para essencialmente para a terciarização. seta-1740704