Os golfinhos-roazes do estuário do Sado:
Uma população em extinção?
O que terá levado os golfinhos-roazes a estabelecer-se de forma permanente nesta região do Sado? A protecção oferecida pelo estuário contra as tempestades e os predadores naturais poderão ter sido importantes, mas o factor fundamental deverá ter sido a existência de alimento em abundância. Ainda hoje estes animais parecem depender para a sua sobrevivência do alimento que encontram no Sado.
Nos últimos anos tudo se tem complicado para esta já pequena população de golfinhos. A preocupante poluição do rio contamina toda a cadeia alimentar e afecta também o topo da pirâmide no qual se encontra o golfinho-roaz. O crescente tráfego marítimo e a não existência de normas de conduta na observação destes animais, não só dificultam o repouso, a socialização e a alimentação dos golfinhos-roazes, como também põem em risco directo a sua vida.
Uma população semelhante a esta habitou até à década de 60 no estuário do Tejo, tendo acabado por desaparecer. Será que o mesmo irá suceder aos golfinhos-roazes do Sado? Será que estes no futuro passarão a ser apenas uma vaga recordação das gerações mais velhas? Está nas mãos de muitos, dos cientistas aos políticos, dos empresários aos professores, dos operários às donas de casa, contribuir para que os golfinhos-roazes do Sado não entrem na lista negra das populações extintas.
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