Um jovem que não consegue encontrar emprego vê os seus sonhos destruídos. O Presidente, no seu discurso sobre o estado da União, não podia tê-lo dito de forma mais clara. Não podemos aceitar que a Europa seja recordada como um continente de jovens desempregados. Acima de tudo, temos de continuar a investir nos jovens.
Os nossos esforços começam a dar os seus frutos com a Garantia para a Juventude da UE que lançámos há três anos para apoiar os Estados-Membros nos seus esforços. Ao abrigo deste programa, os Estados-Membros têm de assegurar que todos os jovens com menos de 25 anos recebem uma boa oferta de emprego, educação contínua, oportunidades de aprendizagem ou um estágio nos quatro meses seguintes a saírem da escola ou a perderem o emprego.
Dentro de algumas semanas apresentaremos um relatório completo sobre os resultados da situação no terreno em todos os Estados-Membros da União, mas, até agora, os sinais têm sido encorajadores. Neste momento, há menos 1,4 milhões de jovens desempregados em comparação com 2013. 14 milhões de jovens europeus entraram no programa Garantia para a Juventude e 9 milhões receberam uma oferta de emprego. Tendo em conta estes resultados promissores, decidimos prolongar o programa e garantir um novo financiamento de mil milhões de euros adicionais a atribuir à Garantia para a Juventude. Este montante será acompanhado de mil milhões de euros provenientes do Fundo Social Europeu e proporcionará a mais 2 milhões de jovens a possibilidade de uma oferta de emprego, educação, aprendizagem ou formação.
Este é o nosso sinal contínuo de solidariedade para ajudar os jovens. Também o novo Corpo Europeu de Solidariedade foi concebido neste espírito. Em toda a Europa existem comunidades que enfrentam situações socialmente difíceis — quer se trate de ajudar a integrar os refugiados, de ajudar a crescente população de idosos ou de lidar com as consequências de catástrofes naturais. Ao mesmo tempo, muitos jovens europeus estão desejosos de contribuir, em busca de uma experiência de voluntariado ou de uma proposta profissional, de uma oportunidade para trabalhar no seu país ou no estrangeiro. O Corpo Europeu de Solidariedade mobilizará os jovens que estão socialmente empenhados e desejosos de pôr em prática os seus conhecimentos, aptidões e competências por uma boa causa. Deverá estar em funcionamento até ao final deste ano e esperamos contar com a participação de 100,000 jovens europeus até 2020.
Investir nos jovens é investir no futuro. Todo o nosso capital humano deve ser utilizado e devem ser mobilizados todos os recursos e talentos inexplorados. O desemprego dos jovens continuará a estar no topo da agenda política europeia.