[ Setúbal na Rede] – Provedor do Leitor

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PROVEDOR DO LEITOR

DO “SETÚBAL NA REDE”

Actual Provedor do Leitor: João Palmeiro
Contacto: [email protected]


Portugal fica na Europa e as tendências
europeias também podem ser as nossas

Caros leitores do “Setúbal na Rede”,

Quero pedir-vos desculpa pelo atraso com que a minha crónica da passada semana foi lançada na rede. Deveu-se a um ainda não explicado problema técnico que impedia os meus e-mails de chegarem ao servidor do “Setúbal na Rede”. Espero hoje, domingo, em que como sempre vos escrevo, ter outro êxito.

Aliás, e na ausência de questões dos leitores para responder assinalo uma missiva de reconhecimento da Marisa Silva de Lisboa que muito agradeço, gostava de partilhar alguma informação sugerida por notícias publicadas no DN e no Público na passada semana sobre um estudo da Associação Europeia de Publicidade na Internet.

O simples facto de existir uma associação europeia com tal objecto já mereceria alguma reflexão, mas a linha mestra do estudo que aponta para a existência de mais leitores de notícias na Internet do que no papel torna obrigatório que o provedor do leitor de um jornal electrónico não passe ao lado da questão.

Em primeiro lugar, se bem que o estudo não tenha tido recolha de informação em Portugal, o conjunto de países europeus analisados incluem situações que em termos de media costumamos considerar parecidas connosco.

Depois, porque os esforços anunciados desde 1998, por sucessivos, e até partidariamente diferentes, governos portugueses no âmbito da Sociedade da Informação, numa tentativa de “democratizar” o acesso à net, diminuindo o fosso entre inforicos e inforpobres, mas no mínimo diminuindo a taxa de infoexcluidos, nos permite assumir que, mais ano menos dia a situação em Portugal não será diferente, nestas matérias, da restante Europa.

Em terceiro lugar recorda-me um estudo realizado em 2001/2002 para a Associação Portuguesa de Imprensa pela Vector XXI, apresentado no ano passado na Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa, sobre a mesma questão e com um especial enfoque nos grupos etários mais jovens e nos estudantes. Sendo a Associação Portuguesa de Imprensa uma entidade de representação empresarial e patronal, o estudo da Vector XXI orienta-se no sentido de procurar conclusões que permitam aconselhar os empresários sobre que caminhos a seguir nos seus negócios na Internet.

A reflexão central que este estudo europeu me proporcionou esteve em redor do conceito de leitura de notícias e postura de conhecimento.

É que se relacionarmos o estudo europeu com o da Vector XXI (em www.aind.pt, depois estudos e depois Internet/Vector XXI ) verificaremos que o caminho apontado pela maioria dos jovens portugueses inquiridos vai no sentido de uma crescente utilização dos jornais electrónicos na recolha de informação sistematizada, organizada e completa, incluindo a perspectiva histórica e documental.

Esta tendência aumenta de forma exponencial a responsabilidade das publicações como o “Setúbal na Rede” e, portanto, a necessidade de um mais profundo diálogo entre produtores/organizadores da informação e seus utilizadores.

Depois, onde a importância destes dados supera a simples estatística da diminuição dos infoexcluidos ou infopobres é que, diversamente de um site ou de um portal, a informação disponibilizada numa publicação deve estar sempre orientada pela notícia, baseada no interesse e na utilidade pública da informação.

Se a tendência apontada no estudo europeu tiver uma necessária correspondência no interesse dos anunciantes e dos publicitários este é o momento para os leitores destas publicações se prepararem para uma mais activa e consciente participação.

A interactividade abre um novo campo de partilha e busca da informação.

Assim o espero.
Boa semana de vida.

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