Esta semana fomos chatear o Camões
Depois de andarmos a deambular pela cidade de Setúbal à procura de algum (só queríamos um) evento cultural minimamente interessante, tivemos que desistir da ideia, ler jornais para saber o que se anda por aí a fazer e… fazer-nos à estrada até à capital de Portugal.
Em Lisboa, começámos o nosso roteiro pelo Parque das Nações, mais concretamente no Pavilhão da Realidade Virtual, onde vimos o espectáculo “Camões noutra dimensão”.
“Uma aventura única, num novo espectáculo cheio de sensações do outro mundo. Uma viagem com experiências alucinantes e intemporais. Uma nova forma de aprender com personagens da nossa história, contos, lendas e com alguns factos que elas próprias apresentam. Venha ver os novos mundos, sob o olhar de Camões”.
Cremos que o espectáculo está perfeitamente conseguido na sua concepção cénica, nos textos e por fim nas próprias sensações físicas como o olfacto, o tacto, o movimento, etc., já que se trata de um espectáculo multimédia.
Como mais importante destacaríamos o próprio texto, visto dar-nos a conhecer um Camões numa perspectiva menos habitual, mesmo que usando os seus sonetos mais conhecidos; como mais emocionante destacaríamos a exploração dos sentidos na sala do simulador, porque de facto é essa que marca a diferença neste espectáculo. Fomos transportados numa caravela para uma tempestade em alto mar e um ataque de piratas. Impossível não sentir a emoção.
Aviso: não aconselhamos este espectáculo a cardíacos, grávidas no final da gestação, asmáticos e outras situações de risco. Aconselhamos sobretudo a ler-se o folheto, antes mesmo de comprar o bilhete.(E há quem julgue que agora é que estamos na era da adrenalina!)
Os espectáculos realizam-se às terças, quartas e domingos das 10.00h às 19.00h e de quintas, sextas e sábados das 10.00hàs 24.00h. Encerra à segunda-feira.
Seguindo a nossa viagem, fomos jantar ao “Oh! Lacerda”, em frente à Gulbenkian, razoavelmente discreto e sossegado e que se destaca pelo bom atendimento e boa comida. Por fim fomos a três bares completamente diferentes entre si: o “Música na Noite”, onde ouvimos uma daquelas fantásticas cantoras desconhecidas, que bem poderia ser uma qualquer vedeta internacional com vários cds já gravados; o mais que conhecido “Pavilhão Chinês”, uma sinfonia alucinante de coleccionismo em tudo o que seja parede; por fim, a frenética “Salsa Latina”, para os amantes da dança, onde é difícil manter o corpo em repouso.
Com o regresso à nossa cidade, demos por concluída essa noite descontraída de uma quinta-feira à noite. E Setúbal?