Errata (Em Forma de Soneto)
-Logo na primeira página, precisamente na primeira linha, onde se lê era uma vez…, leia-se finalmente…
-Na página catorze, na linha quatro, onde se lê por quadro, leia-se quarto.
-Na página seguinte, na linha oito e meio, onde se lê por meio de, leia-se no meio que.
-Quase na página trinta, na linha férrea, onde se lê tanto mar, leia-se pouca terra.
-Na página rasgada, na linha de fogo, onde se lê forca, leia-se força.
-Na página solta, na linha terra, onde se lê chão, leia-se cãho.
-Numa página inexistente, na linha do horizonte, onde se deveria ler, leia-se mesmo.
-Na página do meio, na linha do equador, onde se lê em paralelo, leia-se em diagonal.
-Numa página distante, na linha do pensamento, onde se lê não penso, leia-se mas existo.
-Ao virar da página, na linha do infinito, onde se tem muito que ler, leia-se o muito que se tem.
-Na página em branco, na linha do imaginário, onde não se lê, não se leia.
-Numa página perdida, numa linha ao acaso, onde se lê mesmo assim, leia-se assim mesmo.
-A páginas tantas, na linha com cada um se cose, onde se lê entrevista-se, leia-se entredispa-se.
-Na última página, mesmo na última linha, onde se lê finalmente…, leia-se era uma vez…
Fernando Aguiar