Alegro-me
quando penso que os cavalos selvagens correrão livres
que eu e tu não aceitaremos
que seremos indomáveis.
“Fazer este livro – e digo fazer porque para além da escrita foi preciso juntá-lo – tornou-se uma disciplina serena que ocupou todas as horas acordadas destes últimos dias de Maio.
Se saía de casa para uma refeição levava as folhas comigo; antes dos concertos, no carro ou no hotel, risquei, acrescentei, revi, o caudal das palavras. Pedi emprestado um tempo à música. Tinha que ser assim.
Penso que na primeira reunião com o editor; lhe causei a impressão de um tipo atarefado, ocupado, que também queria fazer um livro. Mas será que podia?
Fiquei grato quando me deram um prazo para entregar a disquete: a partir desse momento o relógio começou a contar: Pude então planear as minhas tarefas. Digo-vos isto porque, como várias vezes foi impresso e falado, este livro (este?) estava prometido há muito, a mim e ao meu público, as pessoas que me conhecem como autor das canções dos UHF.”
António Manuel Ribeiro