A Rede Ferroviária Nacional (REFER) iniciou as obras de electrificação da linha e modernização das estações no troço entre Barreiro e Pinhal Novo, de forma a “permitir a redução dos tempos de percurso e a melhoria da qualidade do serviço prestado”. A REFER pretende igualmente aproximar “as infra-estruturas ferroviária e fluvial, assim como o aumento das condições de comodidade nas estações e acessibilidades”. A intervenção tem um valor de 19 milhões de euros e um prazo de execução de 270 dias.
As estações a serem remodeladas no âmbito desta obra são as do Barreiro, Lavradio e Moita e os apeadeiros de Barreiro-A, Alhos Vedros, Baixa da Banheira e Penteado. No campo de acção desta obra encontra-se também definida a “colocação de coberturas e passagens superiores de peões com escadas tradicionais e elevadores, para acesso às plataformas e atravessamento da via-férrea”. Na Baixa da Banheira as renovações já são uma realidade. A passagem de nível no centro da vila encontra-se “já encerrada”, tendo o trânsito sido transferido para a passagem desnivelada construída perto da escola D. João I.
João Lobo, presidente da câmara municipal da Moita, um dos dois concelhos onde as obras se realizarão, considera o início das obras como “positivo, mas atrasado”. O autarca informa que “a modernização das estações devia estar pronta para o Euro 2004 e só agora começaram”. Contudo, para a autarquia “é um primeiro passo positivo”. João Lobo aponta alguns pontos que permitirão ajudar no desenvolvimento da mobilidade da população, como a “articulação com transporte rodoviário”, pois actualmente os “autocarros concorrem com os comboios em vez de se complementarem”.
No que diz respeito às alterações na freguesia da Baixa da Banheira, o presidente de câmara avalia “num conceito global como positivo”, mesmo que “no início tenha impactos negativos”. O encerramento da passagem de nível no centro “retira o trânsito quase todo da área” mas Fernando Valente, presidente da junta de freguesia, classifica de “benéfico, porque o espaço sempre foi mais pedonal”. Fernando Valente informa que, “na reunião com a população, não foi apresentada nenhuma reclamação sobre estas alterações” e classifica como único aspecto negativo “o atraso de quatro anos na concretização das obras”.
Fernando Valente avança igualmente que, em conjunto com a câmara municipal da Moita, “vai começar a ser estudado um novo plano de acessibilidades” que serão incluídas na nova urbanização que “vai nascer junto da nova ponte” e que são encaradas pelos autarcas como “uma mais-valia para a região”.