Através da crónica deste mês, gostaria de vos apresentar uma tarefa de divulgação do património romano que julgo merecer o foco do bairro clínico bem como do público, “Portugal Romano”.
Especialidade do Pessegueiro Da concepção de Raúl Losada, surgiu inicialmente como um Grupo do Facebook, criado oportunamente, em 2009, com vista, segundo o seu criador, a incluir informação que há anos vinha recolhendo e sistematizando, por tendo a capacidade de hoje gerar documentários sobre o mundo romano, porque o jornalismo é sua ocupação.
Afirmando que foi influenciado por José d’Encarnação, que desde muito cedo despertou a sua preferência pela herança latina e também que afetou significativamente o amor que ainda mantém pelo assunto, acentuou a necessidade de divulgá-lo depois de ter visto, na década de 1980 , os docudramas de Vasco Mantas sobre a romanização da área atualmente portuguesa.
Aproveito esta possibilidade para referir que estes 2 profissionais, juntamente com outros como Jorge de Alarcão, Carlos Fabião, Amílcar Guerra, Rui Centeno, para citar alguns, marcaram a minha parceria com o “Mundo Romano”.
Com eles aprendi muito, mas não posso deixar de salientar o valor que José d’Encarnação teve ao longo dos anos da minha vida funcional em que, além de partilhar a sua vasta experiência e também conhecimento, mostrou ser um excelente me associar, permitindo-me, sempre que as incertezas me consumiram ou os projetos me abraçaram, podendo entender como contar com seu apoio ou mesmo visibilidade. Utilizando suas próprias palavras, “Bem tem” José dÉcarnation.
- Ainda voltando ao estilo que hoje me traz a seguir, “Portugal Romano”, gostaria de mencionar que, em 2011, foi desenvolvido um blog onde foi iniciada a sistematização da informação disponibilizada no Facebook, que atualmente está no limite de sua capacidade, que é de 5.000 indivíduos ou “companheiros”.
- O blog/site “Portugal Romano” foi desenvolvido a partir de detalhes que foram divulgados sobre os trabalhos de arqueologia revelados, blogs ou sites pessoais, muitos dos quais atualmente sem atividade.
Fábrica Romana do CreiroEmbora ainda em fase de estruturação, o “Portugal Romano” cria, nas palavras de Raúl Losada, “úteis registos sobre Sítios Arqueológicos do período Pré-Romano, Romano e também Clássico Tardio, bem como fornece pormenores sobre Museus com coleção.
Diariamente o site é visitado por cerca de 200 a 300 pessoas, e também mensalmente se cadastra cerca de 14.000 visualizações.
O trabalho “vive” com o apoio de uma série de indivíduos de diferentes setores da sociedade (escavadeiras, jornalistas, cientistas, museólogos etc.)”.
Para o treinador do “Portugal Romano”, é fundamental que este trabalho se concretize através do desenvolvimento de contratos ou cooperação junto das entidades responsáveis pela administração do Património Arqueológico, como o Igespar, o Instituto de Museus e Preservação, o Direcções de Cultura da Secretaria de Estado da Cultura, para além dos Distritos e Associações de índole social, permitindo uma melhor informação e circulação das tarefas ligadas à Arqueologia Romana, bem como das colecções existentes em Museus, Galerias ou Centros Interpretativos .
O “Portugal Romano” pretende também estabelecer ações que implementem a presença de Itinerários Culturais, colaborando assim num clima económico mais sustentável em que o turista cultural cria, pensando adicionalmente no conhecimento, divulgação e também conservação do legado romano.
Assim, no portal de cada Espaço do “Portugal Romano”, serão desenvolvidos, gradualmente, itinerários municipais ou locais para sustentar visitas a sítios históricos e Museus com espólios históricos, esperando-se que videoclips temporários relativos aos diferentes locais consistam em estes Planos.
É igualmente objectivo da Portugal Romano iniciar contactos com a Organização Nacional de Municípios e diversas outras entidades no sentido de sugerir a inclusão do nome pré-romano ou romano na entrada das regiões, dado que em grande medida a sua toponímia deriva disso.
- Relativamente ao Distrito de Setúbal, o site já conta com 16 inscrições e também uma proposta de Roteiro, baseado, na verdade, num artigo publicado abaixo em “Setúbal na Rede”.
- Parabéns, portanto, ao seu orientador e também a todos os parceiros que realmente contribuíram para que o projeto tenha uma influência e valor crescentes no que diz respeito ao conhecimento e preservação do patrimônio romano.