Utentes e autarcas aguardam “com expectativa” conclusão da A26-1 entre Sines e Santo André

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Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara de Sines, espera que inauguração seja “a 31 de Janeiro” e Álvaro Beijinha, de Santiago do Cacém, lembra que o reinicio dos trabalhos já foi anunciado várias vezes

O anúncio da retoma das obras na autoestrada 26-1 entre Sines e Vila Nova de Santo André, no litoral alentejano, é considerado “positivo” por utentes e autarcas, que aguardam “com expectativa” a conclusão da empreitada.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, deslocou-se na última sexta-feira a Sines para anunciar a retoma das obras na A26-1, entre o porto de Sines e Vila Nova de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, tendo apontado o dia 31 de Janeiro de 2017 como data de conclusão da empreitada.

“Acolhemos de bom grado a decisão, esperamos que o ministro cumpra aquilo que disse e vamos estar atentos ao que se vai fazer agora”, afirmou à agência Lusa Nuno Ferreira, do Movimento de Utentes de Santo André, que tem promovido vários protestos a exigir a conclusão das obras.

O representante do movimento de utentes criticou, no entanto, o governante por não ter escolhido Vila Nova de Santo André para fazer o anúncio, algo também apontado pelo presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha (CDU).

“[O ministro] foi simbolicamente dar a notícia no município vizinho de Sines, que também é afectado por este problema, mas todos nós sabemos que quem tem sido afectado de uma forma mais acentuada é a população da cidade de Vila Nova de Santo André, que se desloca diariamente para ir trabalhar para o complexo industrial de Sines”, disse o autarca.

Embora considere “positivo” o anúncio do governo, Álvaro Beijinha lembrou já ter sido “anunciado por várias vezes o retomar das obras”, que “acaba por não se concretizar”. “Por um lado, é obviamente positivo, mas, por outro, não deixa de ser também um pouco surpreendente, uma vez que tínhamos estado três dias antes com o presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), que não quis assumir qualquer prazo nem previsão”, observou.

O presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas (PS), que esteve com o ministro aquando do anúncio da retoma das obras da A26-1, na sexta-feira, mostra-se “satisfeito” com a decisão.

“Obviamente que estou satisfeito, mas estaria muito mais satisfeito se estivessem aqui a anunciar a conclusão [da empreitada]”, disse à Lusa o autarca de Sines, manifestando a expectativa de que, “a 31 de Janeiro”, as obras, que considera “absolutamente essenciais para a região”, sejam inauguradas.

As obras da A26-1, no traçado da via rápida já existente entre Vila Nova de Santo André e Sines, prevista no contrato da subconcessão Baixo Alentejo, começaram em 2010 e foram suspensas em 2012, tal como a construção da A26, entre Sines e Beja, tendo sido anunciada repetidas vezes a sua retoma, que não chegou a avançar.

Apesar do anúncio do governo, as comissões de utentes do litoral alentejano mantêm agendado um protesto para quinta-feira, às 10:30, em frente ao Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, em Lisboa, para exigir a conclusão da A26-1 e a reparação do troço do Itinerário Complementar (IC) 1, entre Grândola e Alcácer do Sal.

Alcácer do Sal e Grândola manifestam-se amanhã em Lisboa pelo IC1

Alcácer do Sal e Grândola manifestam-se amanhã de manhã, em Lisboa, para exigir o inicio das obras de recuperação do Itinerário Complementar (IC)1, cujo troço é um ponto negro na segurança rodoviária na região. A concentração de autarcas e utentes frente ao Ministério do Planeamento e Infraestruturas, tutelado por Pedro Marques, está marcada para as 10h30 desta quinta-feira. Os presidentes das câmara municipal de Alcácer do Sal e de Grândola, Vítor Proença e António Figueira Mendes, acompanhados de outros autarcas, são esperados no protesto convocado pela Comissão de Utentes do Litoral Alentejano.

A manifestação exige a reparação dos cerca de 21 quilómetros do IC1 entre Alcácer do Sal e Grândola, onde, nos últimos dois meses, morreram quatro pessoas em acidentes de viação.

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