[ Setúbal na Rede ] – Reserva Natural do Estuário do Sado

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Reserva Natural do Estuário do Sado

A R.N.E.S. estende-se por uma área de 23.160 ha, dos quais, cerca de 13.500 ha são de área estuarina e os restantes, cerca de 9.500, são constituídos por zonas húmidas marginais convertidas para a salinicultura, para piscicultura e para a orizicultura, por áreas terrestres e por pequenos cursos permanentes de água doce.

É local de nidificação, repouso ou invernagem para a avifauna, e de desova, desenvolvimento e crescimento de muitas espécies de peixes. Isto levou à criação da Reserva Natural do Estuário do Sado (R.N.E.S.) que, pela sua importância, está também classificada como um dos Biótopos CORINE. Mais a sul situa-se também o Biótopo CORINE da Comporta, classificado por razões semelhantes. A flora

Das inúmeras espécies de flora que se podem encontrar nas diversas áreas da R.N.E.S., como os sapais, as dunas, entre outras, destacam-se as seguintes pela sua manifesta beleza: Giesta (cytisus sp.), Armeria pungens, Dedaleira (Digitalis purpurea), Lírio (Iris sp.), Feto (Pteridum aquilinum), Lírio (Íris psedochorus), Camarinheira (Corema album), Tomilho (Thimus capitellatus), Santolina (Santolina impressa), Cardo rolador (Eryngium maritimum) e Bocas de lobo (Antirrhinum majus).

A fauna

Na Reserva Natural do Estuário do Sado (R.N.E.S.) estão registadas 261 espécies de vertebrados, das quais 8 são anfíbios, 11 são répteis, 211 são aves e 31 são mamíferos.

A zona estuarina do Sado constitui, na prática, um verdadeiro “viveiro” ou zona de crescimento, para inúmeras espécies de peixes como: o charroco (Halobatrachus didaclylus), o sargo (Dillodus vulgaris), o garrento (Liza aurata), a raia-riscada (Raja ondulata) e o linguado (Solea senegalensis)].

Locais de interesse arquitectónico

A Listagem dos Imóveis Classificados do Instituto Português do Património Arquitectónico não refere, para a área da R.N.E.S., edifícios ou conjuntos arquitectónicos com valor de interesse público. Salientam-se, no entanto, pelas suas características de composição, implantação e desenho de formas populares, alguns conjuntos de habitações ou construções isoladas:

  •  Cabanas, na Herdade do Pinheiro e na Comporta/Carrasqueira;
  •  Montes e os fornos romanos, nas Herdades do Zambujal e do Pinheiro (séc. I e IV d.C.) e na Comporta – Arquitectura Tradicional;
  •  Moinho de marés, na Herdade da Mourisca;
  •  Porto de pesca na Carrasqueira – porto palafita de características tradicionais e cabanas de colmo típicas.

A falta de estudos sobre materiais tradicionais e de projectos desenvolvendo soluções de reconversão e reabilitação da arquitectura regional, contribuem, a par de outros factores atrás mencionados, para a degradação das formas e modelos tradicionais.

Estas construções representam um valor patrimonial inestimável, pelo engenho do processo construtivo, pormenores de belo efeito plástico e pela sobrevivência histórica.

– Moinho de Maré da Mourisca – Carrasqueira

– Fornos da Herdade do Pinheiro

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