[ Dia 18-01-2001 ] – Câmara de Almada recebe Fundo Margueira Capital.

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Câmara de Almada recebe Fundo Margueira Capital

O conselho de administração do Fundo Margueira Capital foi recebido no passado dia 11 deste mês pela presidente da Câmara de Almada e pelo presidente da Assembleia Municipal. Formalmente tratou-se de uma audiência para apresentação de cumprimentos de chegada, mas a ocasião serviu para debater os diferentes projectos que existem para os terrenos da Lisnave. O frente a frente entre Ricardo Nunes e Maria Emília de Sousa teve por base o espírito e a letra da Lei.

A iniciativa de um encontro entre os proprietários dos terrenos e a autarquia almadense partiu do Fundo Margueira Capital, ainda durante o ano passado. Segundo explicou ao “Setúbal na Rede” o presidente do conselho de administração, “a Margueira mudou a sua sede de Lisboa para Almada em meados de Maio. Desde então tem-se afirmado como um agente empresarial e económico do concelho e como tal deve anunciar-se oficialmente aos autarcas.”

A audiência para apresentação de cumprimentos de chegada aconteceu então no passado dia 11 às cinco e meia da tarde. Receberam os administradores do Fundo Margueira Capital a presidente da Câmara e o presidente da Assembleia Municipal. Sublinha Ricardo Nunes ter-se tratado de “uma representação ao mais alto nivel do concelho”, facto que muito agradou ao administrador do Fundo Margueira.

Ricardo Nunes afirmou-se perante Maria Emília de Sousa e José Manuel Maia como o “portador de uma mensagem de modernidade para Almada e como investidor de referência, residente no concelho, querendo enfrentar os desafios empresariais com responsabilidade social e em consonância com a edilidade, como qualquer bom munícipe”. O Fundo Margueira aproveitou depois a ocasião para convidar os dois eleitos a assistirem e participarem na conferência do próximo dia 25, no Parque Tecnológico da Mutela, para uma nova apresentação pública do projecto Ulissul (conhecido também como a Manhattan de Cacilhas). A resposta ficou em aberto mas, segundo revelou ao “Setúbal na Rede” José Manuel Maia, “os autarcas sublinharam as competências do município quanto ao uso dos solos e nesse âmbito foi apresentado, em traços largos, o plano já aprovado, de urbanização de toda a zona ribeirinha leste, incluindo os terrenos que foram ocupados pela Lisnave”.

Na troca de argumentos o administrador do Fundo Margueira Capital sublinhou  que “os 45 hectares de terreno estão excluídos do Plano Director Municipal em vigor, por decisão do governo” ao que Maria Emília de Sousa terá respondido “a autoridade é a autoridade e tudo o que não for aprovado pela autoridade são sonhos”. A reunião acabou, pouco depois, segundo José Manuel Maia, com a autarquia a deixar claro que “são precisas definições políticas sobre o que se pretende fazer daquele espaço”.

Pela parte do município de Almada estão a decorrer contactos ao nivel da tutela, ou seja o Ministério das Finanças, no quadro de anteriores reuniões com o secretário de estado do tesouro, que a remodelação governamental do ano passado acabou por interromper. Do lado do Fundo Margueira Capital a disponibilidade para novos encontros surge expresssa na carta de agradecimento da audiência a Maria Emília de Sousa, enviada por Ricardo Nunes, no dia 13. Pode ler-se no documento a que o “Setúbal na Rede” teve acesso “quando a autoridade para que V. Exa. tão oportunamente nos alertou, consentir que se sonhe cidadania, para usar a mesquinha expressão depreceativa ouvida, estamos, como então dissemos, à disposição da Câmara para dar toda a colaboração que o exercício disciplinado, mas não vassalizado, dos nossos direitos cívicos permitir”.

A volta do correio promete novidades.