Vitória ‘esmagou’ o Desportivo de Chaves
O Vitória de Setúbal ganhou por 7-1 ao Desportivo de Chaves, em jogo a contar para a vigésima primeira jornada da II Liga, realizada no dia 18 de Fevereiro. Os sadinos infligiram ao Chaves uma goleada das antigas, num jogo em que fica a supremacia vitoriana durante todo o jogo, perante uma equipa flaviense que esteve muito mal, especialmente na sua defesa.
Árbitro: João Vilas Boas
Vitória Futebol Clube: Marco Tábuas; Paulo Ferreira; Eliseu; Baresi; Fernando Mendes; Sandro; Hélio (Cap.); Regragui; Artur Jorge Vicente; Meyong; Maki.
Treinador: Jorge Jesus
Alinharam ainda pelo VFC: aos 54 minutos saiu Eliseu e entrou Mário Loja; aos 71 minutos saiu Fernando Mendes e entrou João Paulo; aos 80 minutos saiu Regragui e entrou Rui Carlos.
Disciplina: amarelos aos 10 minutos para Fernando Mendes.
G. D. Chaves: Carou; Ricardo Chaves; Paulo Alexandre (Cap.); Lino; Gilmar; Raul; João; Moleiro; Fernandes; Kasongo; Sabugo.
Treinador: António Jesus
Alinharam ainda G. D. Chaves: aos 38 minutos saiu Raul e entrou Jacques; aos 57 minutos saiu Sabugo e entrou Edu; aos 68 minutos saiu Gilmar e entrou Calica.
Disciplina: amarelo aos 29 minutos para Raul; aos 31 minutos para Gilmar; aos 76 minutos para Paulo Alexandre; aos 80 minutos para Jacques; vermelho directo aos 68 minutos para Lino.
Golos:
1-0 aos 4 minutos por Paulo Ferreira, que depois de insistência de Artur Jorge Vicente, ao segundo poste apenas teve de empurrar para o fundo da baliza;
2-0 aos 19 minutos por Paulo Ferreira, que na sequência de um canto marcado por Fernando Mendes, sozinho sem marcação novamente ao segundo poste não desperdiçou;
3-0 aos 28 minutos por Meyong, na sequência de um cruzamento da direita de Artur Jorge Vicente, apareceu entre os centrais e sem dificuldade fez o golo;
3-1 aos 37 minutos por João, que partiu de uma clara posição de fora de jogo, rematou forte e rasteiro à entrada de área, para o fundo das malhas sadinas;
4-1 aos 49 minutos por Meyong, depois de receber uma assistência de Artur Jorge Vicente, a rematar com efeito ao poste mais longe defendido por Carou.
5-1 aos 65 minutos por Maki, que foi mais forte que o defesa flaviense Paulo Alexandre no ‘encosto’, depois rematou rasteiro com o guarda-redes Carou, algo surpreendido a nem se fazer ao lance;
6-1 aos 86 minutos por Artur Jorge Vicente, que marcou um excelente golo de cabeça, a aproveitar um cruzamento da esquerda de João Paulo.
7-1 aos 90 minutos por Maki, que aproveitou um passe de Meyong, para sozinho na pequena área do Chaves fazer o último golo da contenda.
O Vitória não podia ter começado melhor o desafio, na primeira ocasião de perigo na partida, aos 4 minutos, Paulo Ferreira aproveitou uma insistência de Artur Jorge Vicente, para sozinho ao segundo poste empurrar a bola para dentro da baliza.
Adivinhou-se que o jogo com um golo tão matutino iria animar. Agora o que ninguém esperava, era que os sadinos aos vinte e oito minutos de jogo, já estivessem a vencer por três bolas a zero. O técnico Jorge Jesus considerou que terem marcado cedo contribuiu para uma maior “tranquilidade” na exibição e resultado da sua equipa.
O resultado não era tanto devido a uma grande exibição dos atletas setubalenses, embora estivessem a praticar um futebol agradável, mas sobretudo ao completo ‘desnorte’ da defesa transmontana. O técnico do Chaves António Jesus, apelidou o resultado de “acidente”
A juntar à péssima exibição da defesa flaviense, o Vitória contava com dois jogadores bastante inspirados, Artur Jorge Vicente e Paulo Ferreira. O primeiro fez a assistência para dois dos golos deste período, aproveitando bem a sua velocidade e técnica para ir à linha efectuar bons cruzamentos, o segundo em tarde inspirada fez os dois primeiros golos dos sadinos. Jorge Jesus ficou contente com a exibição e salientou que o Vitória foi “muito forte” e jogou “muito bem”.
O Desportivo de Chaves mostrava-se uma equipa apática e inofensiva, onde tentavam anular algumas peças sadinas, mas sem efeito. Conseguiram diminuir a desvantagem , mercê de um golo obtido em claro fora de jogo, em que o flaviense João rematou forte e rasteiro para bater assim o regressado Marco Tábuas à baliza Vitoriana.
Destacamos também pela negativa, a forma por vezes violenta, como o médio do Chaves, Moleiro entrou em alguns lances mais disputados. Relembre-se que este atleta teve uma passagem de cerca de seis meses pelo plantel sadino, quando este era treinado por Carlos Cardoso.
O segundo tempo da partida foi praticamente uma cópia da primeiro, quando logo aos 4 minutos deste período Meyong fez o quarto golo dos sadinos, após passe de Artur Jorge Vicente. O técnico do Desportivo de Chaves disse-se “surpreendido” com os seus jogadores e que talvez este tenha sido o “aviso que necessitavam”.
Mas o Vitória em matéria de golos e de futebol, não se ficou por aí e marcou ainda mais três golos acompanhados de uma boa exibição, em que os sadinos aproveitaram as veleidades do Chaves, para jogar pelos flancos e autenticamente ‘encurralou’ os adversários no seu meio-campo. Jorge Jesus lembrou que a “goleada” não foi contra uma equipa qualquer e que até aí o Chaves era a segunda equipa menos batida da II Liga.
Esperou-se uma reacção dos transmontanos que nunca chegou a acontecer, e muito francamente também não fizeram nada de positivo durante todo o desafio. O treinador do Chaves, António Jesus, deu os “parabéns” ao Vitória que está a passar por um belo “momento de forma”.
Jorge Jesus dedicou o triunfo à “equipa técnica e jogadores” e ao antigo presidente sadino Fernando Pedrosa.
O destaque no Vitória de Setúbal:
Artur Jorge Vicente, que grande exibição fez este franzino mais velocíssimo jogador, foi cruzar ás linhas sempre que quis pela direita ou pela esquerda, nunca o Chaves conseguiu ter um antídoto para este jogador. Deu três golos a marcar e ainda marcou de cabeça o mais bonito golo da tarde.
Paulo Ferreira, entrou de uma forma autenticamente diabólica, estava em todo o lado no inicio do jogo, situação que veio a culminar com a autoria dos dois primeiros golos do Vitória.
Meyong, embora não tenha sido aquele jogador habitualmente desequilibrador, marcou dois golos e ainda teve tempo para brindar os adeptos com alguns pormenores de classe. Continua apenas a pecar por algumas vezes não resistir a dar mais um toque que devia na bola.
Maki, sem aparecer e sem brilhar, marcou dois golos e é isso que é pedido a um ponta de lança.