[ Dia 05-03-2001 ] – Vitória vence duelo de candidatos.

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Vitória vence duelo de candidatos

O Vitória de Setúbal ganhou por  3-2 ao Rio Ave, em jogo a contar para a vigésima terceira jornada da II Liga, realizada no dia 4 de Março. Este foi um jogo muito táctico, o que não favoreceu o espectáculo. Um desafio com muita luta e pontapé para a frente, com os três pontos a sorrirem á equipa que desfrutou de mais ocasiões de perigo.

Árbitro: Vitor Pereira

Vitória Futebol Clube: Marco Tábuas; Paulo Ferreira; Eliseu; Baresi; Fernando Mendes; Sandro; Hélio (Cap.); Regragui; Marco Ferreira; Meyong; Maki.

Treinador: Jorge Jesus

Alinharam ainda pelo VFC: aos  70 minutos saíram Rui Carlos e Maki e entraram Regragui e Costa; aos 90 minutos saiu Fernado Mendes e entrou Mário Loja.

Disciplina: amarelos aos 18 minutos para Baresi; aos 20 minutos para Eliseu; aos 34 minutos para Meyong; aos 66 minutos para Hélio; aos 81 minutos para Fernando Mendes.

Rio Ave F. C.: To Zé; Armando; Sandro ; Peu; Maurício; Nito (Cap.); Niquinha; Luís Coentrão; Emanuel; Evandro; Gama.

Treinador: Vitor Oliveira

Alinharam ainda Rio Ave F. C.: ao intervalo saiu Sandro e entrou Hugo Henrique;  aos 63 minutos saiu Niquinha e entrou Miguelito; aos 74 minutos saiu Peu e entrou Jorge.

Disciplina: amarelo aos 22 minutos para Niquinha; aos 25 minutos para Peu; aos 37 minutos para Armando; aos 62 minutos para Emanuel; aos 66 minutos para Evandro; aos 77 minutos para Gama; aos 90 minutos para Jorge.

Golos:

1-0 aos 3 minutos por Marco Ferreira, que aproveitou um excelente cruzamento de Meyong para, de cabeça, inaugurar o marcador;

1-1 aos 21 minutos por Maurício, na marcação de um livre indirecto rematou colocado, com a bola ainda a embater no poste;

2-1 aos 40 minutos por Meyong, que aproveitou um ressalto após um primeiro remate de Marco Ferreira, para ficar na cara do guarda-redes e rematou cruzado para as redes do Rio Ave;

3-1 aos 84 minutos por Marco Ferreira, que recebeu bem no peito um cruzamento ao segundo poste e rematou forte sem dar hipóteses; 

3-2 aos 90 minutos por Hugo Henriques, que aproveitou o cruzamento rasteiro de Miguelito, para sozinho fazer o golo.

Os sadinos com esta vitória conseguiram cumprir um objectivo, à muito desejado, que era fazer três vitórias consecutivas e assim dar um salto na classificação. Embora ainda não tenha chegado a um lugar de subida, está mais próximo do  terceiro lugar. Com o técnico Jorge Jesus a salientar que os seus atletas e massa associativa estão cada vez mais “fortes e moralizados”.

O Vitória iniciou o jogo praticamente a ganhar, situação que se tem verificado nos últimos jogos em casa. Os sadinos entraram em campo de forma muito pressionante e não descansaram até marcarem o golo, que aconteceu logo aos três minutos por Marco Ferreira. O treinador do Rio Ave, Vitor Oliveira, referiu que este golo foi “precedido de falta” e foi muito critico em relação à primeira parte do árbitro, Vitor Pereira.

O Rio Ave a perder, passou a dominar o meio-campo e conseguiu aproximar-se da baliza de Marco Tábuas, mercê da velocidade dos seus atletas mais avançados, Evandro e Gama. O repentismo destes jogadores, trouxe dificuldade as centrais sadinos, que tinham de recorrer à falta para os conseguirem parar. E foi na marcação de um livre indirecto, que o Rio Ave chegou ao empate por intermédio de Maurício.

O jogo passou a ser mais equilibrado, com ambas as equipas a tentarem acertar o seu jogo e as marcações. Mas era o Rio Ave que conseguia levar mais perigo junto da baliza, com um meio-campo que saia muito bem da sua defesa com a bola controlada e rapidamente lançava os seus velozes dianteiros. Marco Tábuas a exibiu-se em bom plano a conseguir opor-se ás iniciativas dos Vila Condenses. Jorge Jesus não se cansou de dizer que este foi um “jogo de I Liga”.

Os sadinos viam o seu meio-campo começar a perder o duelo no centro do terreno, pois o setubalense Sandro não conseguia dar uma ajuda cabal a Hélio. No ataque o Vitória era demasiado previsível, pois atacava sempre pelo mesmo lado, o esquerdo.

Pese embora o Rio Ave ser a melhor equipa em campo, foi o Vitória que chegou ao segundo tento por Meyong, que teve a sorte do seu lado, pois beneficiou de um ressalto, após remate do seu colega Marco Ferreira. Também este golo deixou “muitas dúvidas” no treinador forasteiro, Vitor Oliveira.

Ainda antes do intervalo o Vitória de Setúbal podia ter chegado a mais um golo, não fosse uma excelente intervenção do guardião Tó Zé a remate de Maki. 

Ao intervalo o árbitro Vitor Pereira foi substituido, por lesão, pelo 4º árbitro, Carlos Xistras. O intervalo também serviu para a Direcção do Vitória de Setúbal, homenagear dois ex-atletas da casa, Hernani e Nunes, por terem conquistado o Mundial de Praia realizado no Brasil.

No segundo tempo o jogo tornou-se mais lento e pouco emotivo. O Rio Ave apostou mais no ataque, mas apenas no número de jogadores, com a entrada de Hugo Henriques, o segundo melhor marcador da prova.

O Vitória por seu turno, tentou pautar o seu jogo por um ritmo mais lento, que era o que mais lhe convinha, pois estava a vencer e os vila condenses são uma das equipas que com certeza vai lutar com o Vitória pela subida de divisão. Era necessário ter cuidado e a intenção era mesmo a vitória, como aliás referiu Jorge Jesus que o “importante era ganhar”.

Ambas as equipas praticavam um futebol muito descaracterizado, apostando no pontapé para a frente e esperando um erro da equipa adversária. O treinador sadino, achou o desafio muito “táctico e fisico”.

As jogadas de perigo dos sadinos, eram essencialmente fruto de jogadas individuais de Meyong e Marco Ferreira, que eram os únicos que procuravam a baliza do Rio Ave, o resto da equipa vitoriana com o passar do tempo ia ficando mais recuada e arriscava menos.

Numa altura em que a pressão dos nortenhos foi mais efectiva e consistente, conseguiu empurrar o Vitória para o seu meio-campo, dificultando a circulação de bola sadina e a saída para o ataque. Estes picos de desempenho, levaram o técnico Vitor Manuel a desabafar que “custa perder assim”.

Tal como no primeiro tempo, os setubalenses contra a maré do jogo, viram a estrelinha da sorte pender para o seu lado. Conseguiram marcar e ‘matar’ o jogo, aos 84 minutos, num lance muito rápido em que Marco Ferreira muito bem na recepção e na execução, efectuou um excelente golo.

Em tempo de compensação, o Rio Ave ainda reduziu por intermédio do seu ‘artilheiro’ Hugo Henriques. Jorge Jesus considerou o resultado final de “justo”.

O destaque no Vitória de Setúbal:

Marco Ferreira, marcou dois golos e foi o autor das melhores situações de perigo do Vitória. Esteve perfeitamente endiabrado no lado direito do campo. Procurou muito bem o centro do terreno para finalizar quer de cabeça quer com potentes remates de fora da área.

Marco Tábuas, sofreu dois golos é verdade, em qualquer um deles não teve nenhuma chance de defesa. Não teve muito trabalho, mas fez três defesas em períodos chaves da partida que permitiram ao Vitória sair com os três pontos.