Comunistas lançam Vítor Proença
à Câmara de Santiago
Vítor Proença é o candidato à Câmara Municipal de Santiago do Cacém pelo Partido Comunista Português nas eleições autárquicas que se realizam este ano. O actual vereador da cultura e educação conta, além da concelhia do Partido Comunista, com os apoios do actual presidente em funções, Ramiro Beja, e com o apoio da coordenadora concelhia da Coligação Democrática Unitária.
Apesar de o programa eleitoral não estar ainda elaborado, as linhas estratégicas assentam em matérias como o desenvolvimento regional, turismo, desporto, juventude e ensino, matérias entendidas pelo candidato como de “grande importância”.
Vítor Proença considera ser necessário haver uma estratégia assente no desenvolvimento regional tendo em conta que o Alentejo está a envelhecer por duas ordens de factores: a população está a envelhecer e o número de jovens está progressivamente a diminuir.
Outro factor a ter em conta são os níveis de produção e de emprego que “são muito baixos e para os quais Santiago do Cacém tem de afirmar-se potenciando o projecto de Sines, que não pode ser um porto-ilha”. O autarca afirma ser um projecto estruturante que tem de penetrar pelo Alentejo e consequentemente pelo município de Santiago do Cacém, para que se consigam alcançar bases de desenvolvimento locais e económicas “valorizando os nossos empresários e procurando investimentos externos”, para que o concelho ganhe valor acrescentado aumentando a base produtiva e apostando na diversificação de um conjunto de investimentos com vista a aumentar o emprego.
A valorização do turismo é outro ponto estratégico do PCP tendo em conta “um património muito rico, do ambiental ao cultural”. Esta valorização passa por “um esforço muito grande também por parte dos empresários para que se melhorem e se invista na restauração, na gastronomia e nas condições de acolhimento”.
Cultura, desporto e juventude são outras bandeiras que terão destaque na campanha de Vítor Proença, que conta seguir uma linha de valorização da cultura, dos eventos culturais e do património edificado como a recuperação do património, nomeadamente com um conjunto de investimentos que englobam entre outros, a criação do Museu de Arte Sacra de Santiago do Cacém e a recuperação dos centros históricos da sede concelhia de Cercal do Alentejo e Alvalade Sado.
No que diz respeito aos equipamentos, estão pensados investimentos como a construção da futura biblioteca de Vila Nova de Santo André e com as piscinas municipais de Santiago do Cacém.
As linhas estratégicas do PCP passarão ainda pela educação, nomeadamente no que diz respeito ao ensino superior universitário. Em causa está a luta pela abertura do Instituto Piaget em Santo André, mas também o processo de implementação de uma escola do Instituto Politécnico de Beja em Santiago do Cacém.
Vítor Proença considera ainda importante a modernização dos serviços da câmara “de forma a que se responda mais eficazmente e de forma mais simples ao cidadão”. Uma preocupação relativamente aos munícipes que passa também pela participação activa da população, uma aposta que visa “aumentar a participação das pessoas na vida do município e ter em conta a sua opinião”, de forma organizada através das escolas, colectividades e associações.
Depois de três mandatos à frente dos destinos do concelho de Santiago, Ramiro Beja sai devido a motivos de saúde mas também de cansaço porque, segundo afirma “uma câmara como a de Santiago exige uma disponibilidade total” e assume já não ter hoje o mesmo entusiasmo de alguns anos atrás.
O actual edil santiaguense considera que vai ser bem substituído e que foi encontrada uma solução que terá todas as condições para prosseguir “o trabalho naqueles aspectos em que foi mais positivo e melhorar aquilo que foi menos positivo ao longo dos últimos mandatos”. 