Santiago do Cacém com cidade desportiva em 2004
Dentro de três anos, a cidade de Santiago do Cacém contará com uma cidade desportiva que englobará um centro de estágio para atletas de alta competição e um centro de formação desportiva. A primeira pedra do complexo será lançada até ao final deste ano, uma ideia de há 12 anos que culmina com o campeonato da Europa, conhecido por Euro 2004.
O projecto, dividido em duas fases, está avaliado em 4 milhões de contos na primeira fase. O valor será financiado maioritariamente por capitais particulares, por subsídios que estão a ser estudados, pela União Sport Clube de Santiago do Cacém e pela autarquia santiaguense, que disponibiliza o terreno de 42 hectares para a implementação do complexo.
Na primeira fase a aposta desportiva desta cidade centra-se no futebol, atletismo, rugby e ténis, estando ainda a serem equacionadas outras modalidades como o tiro com arco.
Para estas serão construídos 5 campos de futebol, 2 de rugby, 6 para a prática do ténis, 1 pista de atletismo, 1 circuito de manutenção e um ginásio.
A componente turística deste empreendimento também foi pensada. Desde há dois anos que os dirigentes do União Sport Clube vêem estreitando contactos com agências de viagem portuguesas e estrangeiras, nomeadamente uma agencia inglesa dedicada a trazer equipas árabes na fase de preparação para os campeonatos do mundo, com o objectivo de venderem este destino desportivo ás equipas, havendo também o objectivo dos mercados do norte da Europa e asiático.
Paulo Rocha, presidente do União Sport Clube, assegura que a vertente turística “irá nascer desde o primeiro minuto”. Este clube pensa utilizar o turismo como forma de divulgação do concelho garantindo uma serie de infra-estruturas turísticas “para que as pessoas não se sintam numa prisão”. Tendo em conta esta vertente estão pensados a construção de um hotel, viagens de balão e “existe um grupo interessado em fazer um parque temático, do género da EuroDisney, mas claro à dimensão do local em que estamos inseridos, na zona de Santiago do Cacém”.
Inicialmente pensado para a primeira fase o golfe deixou de fazer parte das prioridades do projecto porque “tínhamos a garantia que nos iam oferecer 1 campo com 18 buracos mas é muito difícil de mante-lo e 42 hectares não dá para tudo”.
O golfe à semelhança do que acontece com os desportos náuticos farão parte da segunda fase do projecto, que admite Paulo Rocha será feita junto à orla marítima, nas imediações da Lagoa de S. André.
Para além dos atletas de alta competição, que constituem a aposta no mercado internacional as populações não só do concelho de Santiago do Cacém como dos concelhos de Sines, Grândola e Alcácer do Sal também poderão vir a usufruir destes equipamentos através de protocolos que irão ser estabelecidos entre as diversas entidades locais e clubes para que “todos usufruam deste complexo para fazer desporto”.
Uma unidade desportiva que segundo Vítor Proença, vereador do desporto na Câmara Municipal de Santiago do Cacém “trará mais valias a nível do desenvolvimento económico da região, mais valias a nível social e do desporto porque existe a componente da formação e do desporto”. 