Vitória eliminado da Taça de Portugal
Os sadinos com pergaminhos na Taça, foram afastados na 4ª eliminatória pelo Paços de Ferreira por 2-1. O Vitória jogou em casa e com um golo madrugador no primeiro minuto, concerteza, esperava ser mais feliz. O Paços de Ferreira com dois golos de bola parada no fim da primeira parte, deu cabo da habitual ilusão dos adeptos sadinos nesta prova.
Árbitro: Pedro Proença
Vitória Futebol Clube: Cândido; Paulo Ferreira; Hugo Alcântara; Marçal; Rui André; Marco Ferreira; Hélio (Cap.); Sandro; Jorginho; Evandro; Hugo Henrique.
Treinador: Jorge Jesus
Alinharam ainda pelo VFC: aos 57 minutos saiu Evandro e entrou Rui Miguel; aos 69 minutos saiu Sandro e entrou Fernando Mendes; aos 81n minutos saiu Rui André e entrou Jean Paulista.
Disciplina: amarelo aos 35 minutos para Jorginho; aos 73 minutos para Hélio.
F. C. Paços de Ferreira: Pedro; João Armando; Paulo Sousa; Zé Nando; Carlos Carneiro; Adalberto (Cap.); Zé Manel; Mauro; Mário Sérgio; Pedrinha; Júlio César.
Treinador: José Mota
Alinharam ainda pelo F. C. Paços Ferreira: aos 30 minutos saiu Júlio César e entrou Jurandir; aos 63 minutos saiu Zé Manel e entrou Filó; aos 90 minutos saiu Mauro e entrou Paulito.
Disciplina: amarelo aos 29 minutos para Zé Nando; aos 54 minutos para Paulo Sousa.
Golos:
1-0 ao 1 minutos por Marco Ferreira, que aproveitou da melhor maneira um remate falhado por Sandro e não desperdiçou, o pontapé, em posição frontal;
1-1 aos 39 minutos por Jurandir, que de cabeça fez o empate a pontapé livre cobrado por João Armando;
1-2 aos 43 minutos por Zé Nando, que na sequência de um canto da direita , sozinho na pequena área cabeceou para o tento;
O jogo realizado entre o Vitória de Setúbal e o Paços de Ferreira, no final do dia de quarta-feira, prometia ser frio como o tempo e por voltarem a encontrarem-se no próximo sábado, mas desta vez em partida a contar para o campeonato da I Liga, que os técnicos apontavam como mais importante.
Se o fim de tarde início de noite estava frio e não criava muitas expectativas, rapidamente aqueceu com o golo madrugador dos sadinos, logo no primeiro minuto. Marco Ferreira aproveitou um mau remate de Sandro, para em posição frontal para a baliza inaugurar o marcador.
Os dados estavam lançados para um jogo mais animado. Os homens do Paços de Ferreira em desvantagem, impuseram o seu ritmo e rapidamente poderiam ter empatado. Não fosse Carlos Carneiro ter desperdiçado, clamorosamente, um erro do central sadino Marçal e a um metro da linha de golo rematou por cima. Isto quando decorria o minuto quatro da partida. O treinador dos nortenhos referiu que o “começou mal” mas que souberam responder.
O desafio tornou-se aberto, mas não bem jogado, com ambas as equipas a terem espaço para se aproximarem das balizas, embora fosse muito a custo de lances de bola parada junto das áreas. Em virtude disso, o próprio técnico Jorge Jesus salientou que a primeira parte “não foi muito bem conseguida”.
Os sadinos com algumas alterações no seu onze titular e com jogadores com falta de ritmo competitivo, sentiu algumas dificuldades de entrosamento entre alguns elementos, pouco habituados a jogarem juntos.
Os lances de bola parada e a falta de entrosamento foram determinantes para que o Paços de Ferreira fizesse dois golos e fosse para o intervalo na posição de vencedor.
O empate surgiu na sequência de um livre, aos 39 minutos, por Jurandir que contou com a apatia dos centrais e do guardião sadinos, para desferir um golpe de cabeça certeiro. Não demorou mais de quatro minutos para o segundo golo dos homens da capital do móvel, numa situação idêntica, mas desta vez na marcação de um canto e tendo como marcador Zé Nando. Jorge Jesus mostrou-se surpreendido, pois considera a sua equipa “muito forte nos lance aéreos”.
No segundo tempo, Jorge Jesus viu que a sua equipa não estava a conseguir alterar o rumo dos acontecimentos. Com nove minutos decorridos, tirou um inofensivo e inoperante Evandro, que estava no apoio ao ponta-de-lança, e colocou Rui Miguel. O Vitória passou a jogar com dois homens na frente bem no meio dos defesas pacences.
Foi no entanto o Paços de Ferreira que num contra-ataque levou perigo a uma das balizas por intermédio de Jurandir, que descaído para a direita rematou às malhas sadinas. Foi a única situação em que a equipa forasteira criou perigo na segunda parte.
Nos setubalense a entrada de Fernando Mendes para o lado esquerdo do meio-campo, fez com que o Vitória ganha-se largura no seu futebol e passa-se a jogar por ambas as alas.
Marco Ferreira na direita e Fernando Mendes na esquerda, eram os homens mais activos nos setubalense. Estes dois atletas tentaram municiar os seus colegas com diversos cruzamentos, mas as bolas teimavam em não encontrar os colegas que pudessem fazer a finalização.
A melhor situação de perigo dos setubalenses em todo o jogo, só surgiu no último minuto. Fernando Mendes cruzou para a cabeça de Rui Miguel que serviu o companheiro Hugo Henrique e este rematou para a defesa a dois tempo do guardião Pedro, que salvou a bola mesmo em cima da linha de golo. Perante este lance José Mota não escondeu que a sua equipa foi “bafejada pela sorte”.
Pedro voltou a estar em destaque quando se opôs a um remate de Marco Ferreira, já em período de descontos.
O técnico Jorge Jesus no final da partida não regateou elogios à sua equipa que em seu entender no segundo tempo jogou com “confiança, identidade e orgulho” e que mereciam “pelo menos o prolongamento”.
O destaque no Vitória de Setúbal:
Marco Ferreira, marcou o golo madrugador e foi quem mais tentou remar contra a maré, dinamizando a ala direita e procurando o centro do terreno para tentar a sua sorte. Viu ainda por duas vezes, o guardião Pedro negar-lhe o golo com duas boas intervenções.