Diversidade na Mostra de Teatro em Almada
Até ao fim do mês Almada volta a ser o palco do teatro profissional e experimental, na sexta edição da Mostra de Teatro. O cartaz é da responsabilidade de 11 grupos de teatro do concelho. A organização pertence à autarquia. Espera-se que o público esgote os 19 espectáculos.
A Companhia de Teatro de Almada, o Teatro Extremo, a Oficina de Teatro, o Grupo de Iniciação Teatral da Trafaria ou o Grupo Cénico da Associação Filarmónica Incrível Almadense são apenas alguns dos personagens que dão corpo à sexta Mostra de Teatro de Almada, em cena nesta última quinzena de Janeiro. Ao todo estão envolvidos quase todos os grupos de teatro do concelho, alguns com uma estrutura profissional ou semi-profissional e outros de vertente amadora ou experimental. O objectivo, explica Teresa Pereira, “é dar visibilidade e espaço de apresentação a tudo aquilo que se faz no concelho a nível teatral”. Para a chefe da divisão sócio-cultural da autarquia almadense, “a diversidade de grupos de diferentes estruturas e a troca de experiências é uma das mais valias desta iniciativa”. A Mostra de Teatro é uma organização da Câmara de Almada com as companhias do concelho. Os espectáculos são da responsabilidade dos grupos mas o cartaz é elaborado em conjunto. Este ano podem ser vistas peças como “O Mercador de Veneza” de William Shakespeare, da responsabilidade da Companhia de Teatro de Almada; “Mar d’Alma”, a cargo do Grupo de Iniciação Teatral da Trafaria, é um espectáculo que reune textos de John Millington Synge, Eugene O’Neil e Bernardo Santareno, onde o mar é o elemento comum ou ainda “Salomé” de Oscar Wilde numa adaptação original do grupo de teatro Ninho de Víboras.
A Mostra de Teatro de Almada pretende reunir textos de referência e obras de jovens autores. Aposta-se numa “fusão de linguagens que vão do teatro mais convencional à performance”. Este ano existe também “um reforço da vertente da formação”, sublinha Teresa Pereira em declarações ao “Setúbal na Rede”, “com a realização de três workshops”. Um sobre estética teatral, outro sobre interpretação e um último sobre luz e som.
Nesta sexta edição a Mostra de Teatro de Almada descentraliza-se pelo concelho, ou seja, os espectáculos são representados em salas como o Fórum Romeu Correia, O Centro Juvenil de St. Amaro na Trafaria e a Casa da Juventude em Cacilhas. Espera-se uma grande participação do público almadense, à semelhança do que aconteceu nas anteriores edições. A chefe da divisão sócio-cultural da Câmara de Almada revela que “o ano passado os espectáculos foram vistos por cerca de 1400 pessoas”. A recordar os anteriores espectáculos de teatro estará patente no Forum Romeu Correia a exposição “Finjidores”, com fotografias de Jorge Feliciano sobre as personagens e as histórias de outras peças.