Empate é mal menor para Barreirense
A equipa do Barreiro fez um jogo fraco e esteve a perder até ao último minuto. Valeu um golo de Brown em cima do apito final. Bem melhor esteve o Seixal, que, ao vencer o Padernense, por 3-0, continua em claro ascendente, ocupando já o 10º lugar. Em sentido contrário parece estar o Amora, que esta jornada perdeu no terreno do Imortal, por 3-1.
Local: Estádio D. Manuel de Melo, no Barreiro (300 espectadores)
Árbitro: António Batista (Portalegre)
BARREIRENSE FC: Paulo Renato, Farinha, Bruno Costa, Brown, João Deus, Carlos Albverto, Semeano, Paulo Dias, Chevela, Nuno Gaio e Tamandaré
Treinador: Rui Gorriz
Jogaram ainda: Ricardo Jorge substituiu Chevela aos 46 minutos; aos 75, Melo entrou para o lugar de Nuno Gaio; e aos 81 Farinha foi substituído por Fredy.
Disciplina: Cartão amarelo para Carlos Alberto (24’) e Paulo Dias (64’)
SPORTING CLUBE OLHANENSE: Ivo, Paulo Renato, Mário Artur, Lameirão, José Fernando, Ricardo Jorge, Fábio Santos, Tibinha, Duarte, Fábio Felício e Adilson
Treinador: Vítor Urbano
Jogaram ainda: Hermínio entrou para o lugar de Adilson aos 73 minutos e Paulinho substituiu Fábio Santos aos 90.
Disciplina: Cartão amarelo para Fábio Santos (1’) e Tibinha (79’).
GOLOS
0-1, por JOSÉ FERNANDO (72’): O defesa-esquerdo do Olhanense ganhou uma bola no seu meio campo ofensivo e, perante a passividade dos adversários, arrancou em direcção à baliza. Como ninguém lhe conseguiu tirar a bola, ele entrou na grande área e, à saída de Paulo Renato, não teve dificuldades em inaugurar o marcador.
1-1, por BROWN´(90’): Em cima do último minuto do jogo, Semeano bateu um canto da direita. O defesa-central do Barreirense saltou mais que toda a gente e desviou de cabeça para o fundo da baliza de Ivo.
O Barreirense empatou com o Olhanense, 1-1, no Estádio D. Manuel de Melo, em jogo da 21ª jornada da Zona Sul da II Divisão B. Num encontro para esquecer da equipa do Barreiro, os algarvios foram os primeiros a marcar, por José Fernando (72’). Quando poucos acreditavam na igualdade e muitos já haviam abandonado as bancadas, o defesa-central Brown foi à área adversária fazer o golo que, durante os 89 minutos anteriores, nenhum avançado tinha conseguido marcar.
Apesar do mau jogo, o conjunto treinado por Rui Gorriz até entrou bem na partida. Aos três minutos, Semeano e João de Deus combinaram bem na esquerda e o médio barreirense cruzou ao segundo poste. Nuno Gaio desmarcou-se bem, mas não conseguiu fazer o cabeceamento. Dois minutos depois, Semeano aproveitou o espaço concedido à entrada da grande-área e rematou forte, ao lado da baliza de Ivo.
No entanto, ao contrário do que se pudesse pensar, estes dois lances foram a excepção à regra na primeira parte. É que o Olhanense acertou as marcações e passou a partir com mais objectividade para o ataque. Aos 17 minutos, Tibinha rematou forte para uma defesa difícil de Paulo Renato, que só conseguiu agarrar a bola à segunda. Seis minutos depois, foi a vez de Fábio Felício, na marcação de um livre directo, rematar ligeiramente ao lado do poste direito de Paulo Renato.
A equipa do Barreiro jogava mal, tremia na defesa e era ineficaz no ataque. Até ao intervalo, de registar apenas uma boa arrancada de Chevela pela direita, que morreu num cabeceameto fraco de Nuno Gaio.
Este lance, porém, não chegou para convencer Rui Gorriz, que após o intervalo substituiu Chevela por Ricardo Jorge. À semelhança do que havia feito na primeira parte, o Barreirense voltou a surgir como a equipa mais perigosa.
Aos 47 minutos Semeano rematou forte, Ivo não segurou e Tamandaré, na recarga, quase marcou. Uma situação que se repetiu dez minutos depois ainda com mais perigo. Semano fez um balão para a área, Ivo não segurou, mas nem Tamandaré, nem Paulo Dias conseguiram empurrar a bola para o fundo da baliza.
Com o passar dos minutos, o Barreirense voltou a baixar de produtividade, caindo de novo numa exibição muito fraca. O Olhanense aproveitou então para intensificar o contra-ataque. Mas foi na sequência de uma desconcentração da defesa barreirense, que os algarvios inauguraram o marcador aos 72 minutos. José Fernando ganhou uma bola a meio do meio campo do Barreirense, avançou pela zona central e, perante a passividade dos adversários, entrou na área e bateu sem dificuldade o desprotegido Paulo Renato.
A equipa do Barreiro tentou responder ao golo sofrido, mas continuou a jogar muito mal. Descontentes, os poucos adeptos que decidiram passar a tarde carnavalesca a ver futebol começaram a abandonar o estádio. Muitos deles, no entanto, acabariam por voltar para trás, quando ouviram a explosão de alegria dos poucos resistentes. É que em cima do último minuto do jogo, Brown desceu até à área adversária e correspondeu da melhor maneira a um canto de Semano, desviando a bola de cabeça para o fundo da baliza de Ivo.
O período de compensação concedido pelo árbitro António Batista, de Portalegre, acabou por ser jogado na área do Olhanense, embora sem mais golos para o conjunto do Barreiro.
Apesar da má exibição realizada pela sua equipa, Rui Gorriz ficou “insatisfeito com o resultado”, por achar que “pelas oportunidades de golo criadas, o Barreirense merecia a vitória”.
Opinião bem diferente defendeu o treinador dos algarvios, Vítor Urbano, que lamentou o facto da sua equipa ter deixado ”fugir os três pontos tão perto do fim do jogo”.
Sortes diferentes tiveram as outras duas equipas do distrito. O Amora perdeu no terreno do Imortal, por 3-1, e caiu mais uma posição na tabela. Ocupa agora o 7º lugar (30 pontos), com o ponto de vantagem sobre o Barreirense, que é 8º (29 pontos).
Bem melhor esteve o Seixal. Numa notória subida de rendimento, após a entrada de José Rachão, a equipa seixalense recebeu e derrotou o Padernenense, por 3-0. Com este resultado, o Seixal subiu mais dois lugares e está agora na 10ª posição (27 pontos), a apenas três pontos do Amora.
Na próxima jornada, a 22ª, o Barreirense recebe o líder Camacha, que nesta ronda venceu o Benfica B, por 2-1. O Amora também joga em casa, mas com o Machico. Enquanto o Seixal vai jogar o sempre difícil terreno do Operário.