Novos barcos no Tejo em Maio
A Transtejo vai reforçar a sua frota com dois novos barcos. São dois catamarãs, com capacidade para transportar quase 300 pessoas. Vão melhorar as ligações entre Lisboa, Montijo, Seixal e o Barreiro.
Cruzar o rio, entre o Barreiro e Lisboa, em apenas 20 minutos (em vez de meia hora) é uma das consequências directas da estreia de dois novos catamarãs, prevista para as próximas semanas. “São dois barcos novos em folha, feitos à medida do Tejo por uma empresa australiana”, conforme explicou ao “Setúbal na Rede” o presidente da Transtejo. Segundo Armindo Bento “trata-se de mais um passo na política de renovação da frota” uma vez que “estão mais dois navios em construção para começarem a operar no fim do ano”.
Os dois novos catamarãs custaram à Transtejo seis milhões de euros, ou seja, doze milhões de contos. Já foram entregues à empresa responsável pelas ligações fluviais entre as duas margens do rio, mas ainda não foram postos a circular. A estreia dos novos barcos vai acontecer nas ligações Seixal/Terreiro do Paço e Montijo/Terreiro do Paço, o que vai permitir, nas palavras de Armindo Bento, “dispensar dois catamarãs, fora das horas de ponta, para a ligação Barreiro/Terreiro do Paço”. Com esta medida, explica o presidente da empresa, “ganha-se rapidez e qualidade”. O objectivo é “captar novos clientes para esta ligação que vai ser melhorada em cerca de dez minutos”, esclarece.
A substituição da frota de cacilheiros da Transtejo por catamarãs não inclui as ligações entre Lisboa e Almada. Neste percurso, esclarece Armindo Bento, “vão continuar os cacilheiros que são, afinal, um dos símbolos do Tejo”. Estes barcos vão ser melhorados em benefício do utente, noutros aspectos, “como o conforto e a comodidade”, sublinha o presidente da empresa. Na ligação entre Cacilhas/Cais do Sodré ou Ribeira das Naus, em barcos de passageiros, mantêm-se o tempo médio de sete a oito minutos por viagem.
A Transtejo continua a preparar a “transferência” de toda a sua frota para a Doca 13 da Lisnave, em Almada. O espaço está a ser ultimado para parquear os barcos da transportadora fluvial, actualmente acondicionados em vários pontos do rio, em condições deficientes. Segundo Armindo Bento, “já foi feito o estudo técnico, mas as obras são complexas”. O protocolo para a utilização do espaço foi assinado em Dezembro passado, tem a validade de 10 anos, por isso a Transtejo espera poder mudar-se para o aterro da Margueira até ao fim de 2002.