O Vitória obteve um empate muito valioso em Braga, os actuais 34 pontos o ano passado já davam a manutenção. Uma grande penalidade muita polémica, já em tempo de compensação, marcada por Hugo Henrique deu um justo empate aos sadinos. O Vitória foi sempre uma equipa inconformada e virada para o ataque – terminou o jogo com cinco homens na frente de ataque.
Árbitro: João Ferreira
Vitória Futebol Clube SAD: Marco Tábuas; Paulo Ferreira; Hugo Costa; Hugo Alcântara; Rui André; Hélio (Cap.); Ico; Sandro; Jorginho; Marco Ferreira; Hugo Henrique.
Treinador: Luís Campos
Alinharam ainda pelo VFC: aos 33 minutos saiu Ico e entrou Jean Paulista; aos 73 minutos saiu Marco Ferreira e entrou Meyong; aos 80 minutos saiu Rui André e entou Evandro.
Disciplina: amarelos aos 27 minutos para Rui André; aos 34 minutos para Sandro; aos 83 minutos para Hugo Alcântara.
Sp. de Braga: Pedro Roma; Zé Nuno; Odair; Ricardo Rocha; Tito; Barroso (Cap.); Barroso; Ricardo Nascimento; Luís Miguel; Abiodun; Castanheira; Barata.
Treinador: Manuel Cajuda
Alinharam ainda pelo Sp. de Braga: aos 65 minutos saiu Luís Miguel e entrou Riva; aos 70 minutos saiu Odair e entrou Idalécio; aos 72 minutos saiu Barata e entrou Zé Roberto.
Disciplina: amarelo aos 32 minutos para Odair; aos 61 minutos para Zé Nuno; aos 63 minutos para Tito; aos 77 minutos para Ricardo Nascimento; aos 79 minutos para Barroso; aos 82 minutos para Abiodun; aos 93 minutos para Pedro Roma.
Golos:
1-0 aos 29 minutos por Odair, que fez o desvio vitorioso à boca da baliza, após um pontapé de ressaca de Barroso;
1-1 aos 93 minutos por Hugo Henrique, na marcação de uma grande penalidade.
O Vitória deslocou-se a Braga e assistiu-se a um jogo muito animado desde o apito inicial. Ambas as equipas no intuito de atacarem foram criando e dando espaço, o que permitiu que as situações de golo fossem aparecendo com alguma frequência.
Os sadinos deram, como seria de esperar, a iniciativa de jogo aos bracarenses, que não se fizeram rogados e perto dos dez minutos de jogo, estiveram perto de marcar por três vezes. Na melhor situação dos adversários, valeu uma intervenção ‘in-extremis’ do lateral direito Paulo Ferreira, quando Abiodun se preparava para empurrar para baliza.
O Vitória não foi só para defender e jogou com três homens mais adiantados, Marco Ferreira, Joginho e Hugo Henrique. Apostou nos dois primeiros para sair em contra-ataque e para dar uma ajuda à sua defensiva a fechar as linhas ao ataque contrário. Coube a Hugo Henrique desfrutar de uma excelente situação de golo, após uma recuperação de Sandro ficou isolado e quando se aprestava para desferir o remate, escorregou e chutou ao lado.
O Braga tinha a bola em seu poder durante mais tempo e o seu maior caudal ofensivo foi lhe dando diversos lances de bola parada, que se iam tornando cada vez mais constantes e perigosos Foi na sequência de um canto que os arsenalistas inauguraram o marcador, aos 29 minutos. Um pontapé de ressaca do capitão Barroso encontrou Odair, que na pequena área sadina apenas teve de fazer o desvio vitorioso.
Em situação de desvantagem o técnico sadino, Luís Campo, não perdeu tempo e tirou um homem do meio-campo, Ico, e abriu a sua frente de ataque com a entrada de Jean Paulista para o lado esquerdo. O recém-entrado atleta, num centro-remate obrigou Pedro Roma, guardião do Sp. de Braga, a difícil intervenção para canto.
No reatamento da partida, com menos de um minuto decorrido, Jorginho à entrada da área rematou fortíssimo, mas a bola na sua trajectória foi embater na barra. Teria sido ouro sobre azul para os sadinos logo no inicio do segundo tempo, mas a a sorte não quis que a bola fosse uns milímetros nada mais baixa.
Os sadinos conseguiram colocar velocidade no seu jogo e trouxeram dificuldades aos bracarenses para pará-los, que se viam obrigados a recorrerem à falta. Jean Paulista esteve em evidência no lado esquerdo, Marco Ferreira e Jorginho iam causando calafrios em jogadas individuais que desequilibravam a estrutura contrária.
O Braga com o aproximar do término da partida, foi recuando e deu a iniciativa ao Vitória. Os homens da casa passaram a usar o contra-ataque e tentaram controlar a bola durante o maior tempo possível.
Os homens do Sado com o aproximar da fim da partida, lançou todas as armas em campo. Nos últimos dez minutos os sadinos jogaram com cinco homens na frente de ataque. Tanta fartura acabou por dar os seus resultados com um polémico golo de grande penalidade, já no último minuto de compensação. Uma penalidade muito contestada pelo público bracarense, que chegou a tentar a invasão de campo, quando João Ferreira, árbitro da partida, se aprestou para recolher às cabines. Valeu uma pronta intervenção policial, que evitou um mal maior.
No final do encontro, o técnico do Sp. Braga, Manuel Cajuda, mostrou-se muito indignado e referiu que a sua equipa tem sido “sistematicamente prejudicada”. Questionou se “valeria a pena continuar assim” e deixou em tom de desabafo que “foi uma vergonha”.
Luís Campos, treinador sadino, salientou que “o ponto foi importante e merecido” e que o resultado foi “justo”. Sobre o polémico lance da grande penalidade, disse que lhe “pareceu penalty”.
O destaque no Vitória de Setúbal:
Hélio, tem estado em subida de forma nesta ponta final do campeonato. Fez um jogo com poucos erros e foi muito pendular nas tarefas que lhe foram pedidas. Deu consistência e tranquilidade no meio-campo e esteve muito bem na recuperação de bolas.