Mediante o as afirmações de António Mariano, “os estivadores estão a ser perseguidos e discriminados”, pelo que o sindicato “está a envolver o IDICT (Instituto para o Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho) nesta luta, numa tentativa de forçar a empresa a inverter a situação”.
Apesar de afirmarem que “não estão em greve”, os trabalhadores dizem-se dispostos a “continuar os protestos”, até porque não aceitam continuar em situação precária, quando “há trabalho suficiente”. Os estivadores sentem-se “explorados” dado que “não recebem quais quer subsídios, desde férias até ao subsídio de risco, ou 13º mês”. Segundo José Gomes, representante dos trabalhadores, enquanto os efectivos ganham “cerca de 13 mil escudos por dia, um trabalhador eventual ganha cerca de 6 mil escudos”.
Outra das irregularidades de que os trabalhadores acusam a empresa prende-se com a “ausência de subsídio de risco e de formação”, uma vez que “ao serem polivalentes, os estivadores estão sujeitos a acidentes, que só ainda não foram graves por sorte”, afirma José Gomes.
Segundo o Sindicato dos Estivadores, “o Porto de Setúbal necessita de um contingente de trabalhadores na ordem das 100 pessoas e tem apenas trinta e poucos efectivos”, o que implica que “trabalhem no Porto cerca de 311 subcontratados”, afirma o presidente do sindicato.