Litoral Alentejano em protesto
A população dos quatro concelhos do Litoral Alentejano sai, amanhã, Quarta-feira (29 de Maio), à rua em protesto pelo degradado estado de conservação em que se encontra a estrada IC33/IP8, no troço que liga Sines ao nó de Grândola. O protesto vai partir da localidade de Cruz de João Mendes e irá percorrer aquela via até às Relvas Verdes, sempre em marcha lenta.
Numa iniciativa da Assembleia Municipal de Santiago do Cacém e respectiva autarquia, este protesto pretende alertar as autoridades competentes, nomeadamente o Instituto de Estradas de Portugal (IEP), para os perigos associados ao estado em que se encontra o pavimento desta via, que segundo a Câmara de Santiago do Cacém já provocou “tantos acidentes graves nos primeiros 4 meses deste ano como em todo o ano passado”.
Vítor Proença, presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, diz-se “preocupado” com as consequências que advêm dos constantes sinistros que ali ocorrem, um problema que pode vir a agravar-se com a proximidade do verão e de uma maior afluência ao Litoral Alentejano.
O autarca diz “não compreender” como é que em 20 anos não houve uma reparação de fundo numa via “tão importante” e por onde passam todos os dias camiões carregados de diversos materiais. Uma via “essencial” para o desenvolvimento do concelho de Santiago e para o pólo industrial de Sines.
O autarca acrescenta que só defende o que está previsto. Por um lado o IC33, entre Sines e o nó de Grândola, na direcção de Évora, com duas vias em “muito boas condições” e um traçado do IP8 entre Sines e Vila Verde de Ficalho, no troço Sines – Santiago do Cacém com uma reparação, mantendo sempre as quatro vias. Para o concelho é defendido ainda a construção de uma nova via na direcção de Beja, que passe a norte de Santiago do Cacém, com a construção da circular da mesma localidade.
Quanto a expectativas, Vítor Proença espera uma participação de munícipes dos concelhos do Litoral Alentejano, numa jornada que classifica de “extrema importância” para toda a região e “indispensável” para que as entidades reparem o mais depressa possível estas infra-estruturas rodoviárias. Um espaço temporal que “nunca será menos de cinco anos”, segundo garantia do presidente do Instituto de Estradas de Portugal.