[ Dia 07-08-2002 ] – Santa Margarida da Serra revoltada com encerro do acesso a Grândola.

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Santa Margarida da Serra
revoltada com encerro do acesso a Grândola

Os moradores de Santa Margarida da Serra estão “indignados” e não compreendem a decisão do Instituto Nacional de Estradas de os ter deixado “sem alternativa quando cortaram o acesso desta localidade a Grândola, pela EN 120”, diz Vitorino Pereira, membro da comissão pelo acesso directo a Grândola. Esta comissão reuniu hoje (7 de Agosto) com a Governadora Civil de Setúbal, Maria das Mercês Borges, que adiantou ao “Setúbal na Rede” que vai efectuar os contactos necessários para tentar solucionar este problema.

Com a alteração do trajecto da EN 120, a localidade de Santa Margarida da Serra ficou sem o acesso directo à sede do concelho, Grândola. Vitorino Pereira não compreende “como é que numa zona que tem todos os potenciais para se tornar um importante centro turístico, se pode cortar o acesso ao litoral”, impossibilitando quem vem da direcção de Beja dirigir-se directamente a Santa Margarida da Serra e daí para as praias.

A comissão pelo acesso directo a Grândola afirma que, para já, a forma de luta vai ser a do diálogo, mas se for necessário vão actuar de maneira mais radical, pondo a hipótese de cortar o troço entre Grândola e Santiago do Cacém, para mostrar a sua indignação face a esta situação.

Vitorino Pereira afirma que para “ir ao centro de saúde de Grândola”, os habitantes de Santa Margarida da Serra “têm que fazer um percurso de cerca de seis quilómetros a mais, em relação ao que percorriam com o antigo traçado da EN 120”. O encerramento deste troço, “deixou a população sem alternativas”, acrescenta o membro da comissão pelo acesso directo a Grândola.

Maria das Mercês Borges recebeu, durante a reunião de hoje, um abaixo-assinado com cerca de 2.600 assinaturas que, de acordo com a comissão, demonstra a dimensão do problema, refere Vitorino Pereira. A governadora civil adiantou que “não conhecia esta situação”, mas vai entrar em contacto com as entidades responsáveis para “saber quais as razões que levaram à alteração do trajecto da EN 120, deixando a população sem acesso directo a Grândola e o porquê da não criação de uma alternativa viável para esta povoação”. A governadora civil vai, para já, consultar o Instituto Nacional de Estradas, para saber se existe algum projecto para solucionar este problema e “efectuar todos os esforços necessários para que esta situação seja resolvida o mais breve possível”, adianta.

Da lista de assinaturas entregue hoje figuram os nomes dos presidentes das câmaras municipais de Grândola e Santiago do Cacém, “que desde o princípio se colocaram ao lado da população, fazendo as diligências possíveis para alterar a situação”, diz Vitorino Pereira. A comissão espera agora receber respostas da governadora civil e, dentro em breve, esperam reunir com todos os deputados eleitos pelo distrito de Setúbal, para que estes intervenham junto do Governo central. seta-8798733