Sindicatos na rua contra lei da Segurança Social
Duzentos e cinquenta pareceres negativos à proposta de Lei de Bases da Segurança Social, foi o que os sindicalistas do distrito de Setúbal entregaram ontem, na Assembleia da República, no âmbito da manifestação organizada pela CGTP. Agora, os trabalhadores ligados à União de Sindicatos de Setúbal (USS), esperam que os deputados eleitos pelo distrito tenham em conta os pareceres negativos à proposta.
Os dirigentes da USS têm os olhos postos nos parlamentares eleitos pelo distrito e esperam que “na hora da votação, tenham em conta a opinião dos trabalhadores”, afirma Rui Paixão, coordenador da estrutura sindical. “O parlamento deve ter em conta a opinião expressa nos pareceres sobre a proposta” do Governo, sustenta, ao acrescentar que a reforma proposta pela coligação PSD/CDS “pretende apenas satisfazer os interesses de aumento de lucro das entidades privadas gestoras de fundos de pensões, à custa da redução da protecção social dos trabalhadores”.
Rejeitando por completo os termos da proposta de lei, os sindicatos afectos à Inter decidiram ainda realizar um cordão humano nacional, no dia 1 de Outubro, que no distrito irá ter expressão nos concelhos de Almada, Barreiro, Sines e Setúbal. Na capital de distrito, o cordão humano começará às cinco e meia da tarde, no Largo da Misericórdia, com trabalhadores dos concelhos de Setúbal, Sesimbra e Palmela.
Com promessas de um Outono ‘quente’ no distrito, os sindicatos agendaram também uma manifestação nacional para dia 16 de Outubro, contra “os baixos salários e a precariedade”, nomeadamente na função pública que, segundo refere Rui Paixão, “tem vindo a perder o poder de compra” ao longo dos últimos anos.
Da manifestação de ontem resultou a entrega de um total de mais de 2 mil pareceres diferentes contra a proposta de Lei de Bases da Segurança Social, por parte das 18 delegações distritais da CGTP, junto da comissão de Trabalho e Assuntos Sociais, na Assembleia da República. 