A equipa sadina foi a Taveiro, Coimbra, participar na festa de inauguração do Estádio Sérgio Conceição. O Vitória entrou tímido, mas acabou ao ataque. Voltou a provar que é uma equipa difícil de bater quando joga fora de casa. Rubricou boa exibição, mas como diz o técnico dos sadinos, não conseguiu transformar a superioridade em golos. Ao contrário, ainda permitiu um golo. Valeu um erro da defesa da Académica para que o Vitória pudesse regressar a Setúbal com um ponto.
Árbitro: Isidoro Rodrigues
Vitória Futebol Clube: Marco Tábuas; Nélson Veiga; Hugo Costa; Hugo Alcântara; Rui André; Hélio (Cap.); Sandro; Marco Ferreira, Jorginho; Rui Lima; Rui Miguel.
Treinador: Luís Campos
Alinharam ainda pelo VFC: aos 70 minutos saiu Rui André e entrou Mário Carlos, aos 88 minutos saiu Rui Miguel e entrou Hugo Henrique e aos 90 minutos saiu Marco Ferreira e entrou Vasco Matos.
Disciplina: amarelo a Mário Carlos, aos 35m; a Jorginho, aos 69m; a Marco Ferreira, aos 86m; a Rui Lima, aos 90m;
Académica: Pedro Roma, Nuno Luís, Tonel, Dyduch, Fredy, Lucas, Rocha, Binho, André, Xano e Dário
Treinador: João Alves
Alinharam ainda pela Académica: aos 80 minutos, saiu Dário entrou Marcelo. Aos 84 minutos saiu Xano, entrou Jorginho e 90 minutos saiu Nuno Luís e entrou Nuno Miranda.
Disciplina: amarelo a Binho, aos 30m; a Dyduch, aos 44m; a Lucas, aos 90m.
Golos:
0-1 aos 55 minutos, por Xano. O jogador da Académica pegou na bola à entrada da área, passou por dois jogadores do Vitória e desferiu o remate certeiro, sem hipóteses de defesa para Marco Tábuas.
0-2 aos 82 minutos, por Jorginho. O avançado do Vitória aproveitou uma bola que sobrou dos pés de Tonel e rematou para o fundo da baliza.
Antes do início do encontro, o ambiente não poderia ser melhor. Muita gente dentro e fora do estádio. A presença de Sérgio Conceição, jogador do Inter de Milão e internacional português, levou muito público para presenciar um momento histórico. O primeiro pontapé na bola num recinto construído em pouco mais de quatro meses, com capacidade para oito mil pessoas, e com o nome do craque «italiano».
O Vitória sabia as dificuldades que iria encontrar, mas nem por isso deixou de apresentar o modelo de jogo com que costuma jogar. O quarteto defensivo tinha dois homens mais à frente, Hélio e Sandro, um trio mais avançado, Marco Ferreira, Rui Lima e Jorginho, e Rui Miguel, em boa forma, na frente de ataque.
O jogo começou com um ritmo elevado. A primeira situação pertenceu à equipa da casa. Dário conseguiu ultrapassar Hugo Costa e rematou para uma grande defesa de Marco Tábuas. O mote estava dado, o espectáculo garantido.
Pouco depois, aos dez minutos, assistiu-se à resposta dos sadinos. Rui Miguel aproveita uma falha do guarda-redes Pedro Roma, mas remata por cima da trave. As equipas abrandavam o ritmo de jogo, mas era o Vitória de Setúbal quem mostrava maior acutilância no ataque. Até ao final da primeira parte, Marco Ferreira, muito activo, teve o golo nos pés em duas situações e Rui Miguel mostrou-se perdulário já em cima dos 45 minutos, quando rematou forte, de fora da área, para grande defesa de Pedro Roma.
As equipas foram para o intervalo com as oportunidades de golos repartidas, com o domínio de jogo divido e era para a segunda-parte que estava reservado o primeiro tento do Estádio Sérgio Conceição. Aos 55 minutos, depois de um bom arranque do Vitória de Setúbal, Xano em boa jogada individual ultrapassa dois jogadores sadinos e bate Marco Tábuas pela primeira vez. Um grande golo.
O Vitória de Setúbal tentou responder, mas nem sempre da melhor forma. Luís Campos viu que era preciso mudar alguma coisa na formação e retirou o defesa-esquerdo Rui André para colocar um extremo veloz que poderia dar outra dinâmica às laterais sadinas, Mário Carlos. A equipa melhorou e o sinal disso foi a jogada de muito perigo que Mário Carlos proporcionou depois de um cruzamento de Rui Lima. O extremo rematou com força, mas Pedro Roma voltou a realizar grande defesa.
O golo do V. Setúbal apareceu já no final da partida, quando a turma sadina exercia maior pendor atacante. Marco Ferreira irrompeu pela área da Académica, perdeu a bola, mas foi Jorginho quem aproveitou para fazer a igualdade. Até ao final, o Vitória ainda tentou chegar aos três pontos, mas Pedro Roma conseguiu suster as investidas sadinas. No final, o resultado ajusta-se aos que as equipas produziram. No final da partida o técnico sadino, Luís Campos, considerou que “mais uma vez a exibição que o Vitória de Setúbal apresentou não se quantificou em pontos”. No entanto, o treinador disse que não perdeu a esperança de ver a qualidade de jogo aliada a uma boa classificação no campeonato, “vai chegar o dia em que jogamos bem e vencemos”, disse, salientando a exibição de Pedro Roma como a razão principal por que a equipa não saiu com os três pontos de Coimbra.
O destaque no Vitória de Setúbal:
Rui Lima, já tinha provado a Luís Campos que conseguia fazer a diferença. E mostrava-o em apenas alguns minutos, uma vez que entrou muitas vezes na condição de substituto. Este domingo foi titular e provou que o técnico pode continuar a apostar nele. Galvanizou o flanco esquerdo, fez bons cruzamentos, que nem sempre foram bem correspondidos. Ele e Marco Ferreira deram acutilância ao última sector dos sadinos.