O Vitória voltou a empatar em sua casa, desta vez a zero golos perante uma inofensiva equipa do Santa Clara. O resultado é um castigo para as inúmeras oportunidades desperdiçadas pelos sadinos, principalmente durante o primeiro tempo.
Árbitro: Hernâni Duarte
Vitória Futebol Clube: Marco Tábuas; Nelson; Carlos; Hugo Alcântara; Nelson Veiga; Sandro; Hélio (Cap.); Marco Ferreira; Jorginho; Rui Lima; Rui Miguel.
Treinador: Luís Campos
Alinharam ainda pelo VFC: aos 67 minutos saiu Rui Lima e entrou Hugo Henrique; aos 89 minutos saiu Nelson e entrou Jean Paulista.
Disciplina: amarelo aos 89 minutos para Hugo Alcântara.
Santa Clara: Jorge Silva; Sandro; Aldo; Sérgio Nunes; Luís Soares; Paiva; Luís Vouzela; Figueiredo (Cap.); Vítor Vieira; Ceará; João Pedro.
Treinador: Carlos Alberto Silva
Alinharam ainda pelo Santa Clara: ao intervalo saiu Vítor Vieira e entrou Gabor; aos 63 minutos saiu Ceará e entrou Brandão; aos 70 minutos saiu Sérgio Nunes e entrou Bruno Ribeiro.
Disciplina: amarelo aos 73 minutos para Paiva; aos 75 minutos para Bruno Ribeiro; aos 90 minutos para Brandão; aos 86 vermelho para Bruno Ribeiro por acumulação de amarelos.
Golos: 0-0
O Vitória de Setúbal recebeu o ‘lanterna vermelha’ da SuperLiga, o Santa Clara, em jogo a contar para a 12ª Jornada da SuperLiga. Os sadinos estavam a procura do primeiro triunfo frente ao seu público. O Santa Clara, agora orientado pelo brasileiro Carlos Alberto Silva, que já foi bicampeão pelo F.C. Porto, pretendia obter um bom resultado para sair da posição incómoda em que encontra, embora tenha ainda um jogo em atraso.
Os sadinos iniciaram o jogo de forma decidida e autoritária. A boa dinâmica ofensiva do Vitória deu-lhes duas situações de perigo nos primeiros cinco minutos. A primeira por Hélio, que em excelente posição cabeceou por cima da baliza, e a segundo por Marco Ferreira com um ‘tiro’ potente de fora da área, mas que também saiu por cima.
O Santa Clara era uma equipa apática e perdida, onde o meio-campo parecia não existir. A equipa de Setúbal, não se fazia rogada e ia criando boas situações, praticamente uma atrás das outras. Fosse através de cruzamentos para a cabeça de Rui Miguel, que praticamente ganhava todos os lances, quer através de remates de fora da área. No entanto, coube ao central Hugo Alcântara fazer brilhar o guardião adversário, Jorge Silva, com um remate cruzado, que lhe valeu ganhar um pontapé de canto.
Os açorianos não efectuaram um remate durante toda a primeira parte, mostrando assim a sua inoperância ofensiva. Apenas João Pedro, o seu melhor marcador, tentava partir para o ataque, mas muito desapoiado era uma presa fácil para os defesas do Bonfim.
O resultado de 0-0 ao intervalo era lisonjeador para o Santa Clara. O seu técnico tentou mexer na sua equipa e no balneário deixou Vítor Vieira e lançou Gabor. No entanto, não se viam quaisquer ‘melhoras’ e a sua equipa lá ia fazendo apenas por defender o empate.
O Vitória continuou a sua toada atacante, mas sem o discernimento do primeiro tempo. Embora Jorginho jogasse nas costas do ponta-de-lança Rui Miguel, faltava um atleta mais próximo deste para acentuar e dar mais referências ao ataque sadino. Luís Campos, treinador sadino, vendo esta situação colocou Hugo Henrique no terreno de jogo e substituiu Rui Lima.
Os setubalense só podiam queixarem-se de si próprios, como foi o caso de Jorginho que aos 55 minutos isolado frente a Jorge Silva, permitiu a, valorosa, oposição deste. O mesmo aconteceu no lado contrário, na primeira situação perigosa dos insulares, aos 65 minutos, por intermédio de João Pedro, com Marco Tábuas a exibir-se em bom plano.
Com o decorrer do tempo o Santa Clara começou a subir mais no terreno, embora sem grande perigo no ataque, mas foi fundamental para ‘sacudir’ a pressão do Vitória e afastar a bola da sua grande área.
Os sadinos continuaram até ao fim do encontro a perder algumas ocasiões de golo feito, como foi o caso de Marco Ferreira que numa recarga e em boa posição enviou um petardo por cima da barra.
No final do desafio Luís Campos, treinador sadino referiu que foram “noventa minutos de massacre completo” onde apenas “faltou o golo”, no entanto salientou que se sentia “orgulhoso da sua equipa” pela qualidade que mostrou.
O técnico estreante à frente do Santa Clara, Carlos Alberto Silva, salientou que a “intenção era ganhar o jogo”, mas que o ponto conquistado é o “inicio para tentar a recuperação”.
O destaque no Vitória de Setúbal:
Marco Tábuas, que embora quase não tenha sido chamado a intervir, nas duas únicas ocasiões do Santa Clara fez duas excelentes intervenções. Uma a fazer a ‘mancha’ perante João Pedro e na segunda a ceder canto a remate de Gabor que se encontrava em boa posição de fazer o golo. Este destaque, além de merecido, também é um castigo para a inoperância dos sadinos em fazer golos, perante tantas oportunidades.