Vereadora Honorina pode apresentar queixa
contra José Bastos
A vereadora Honorina Silvestre está a ponderar a hipótese de apresentar uma nova queixa-crime contra o presidente da Concelhia do PS do Montijo e, eventualmente contra a presidente da autarquia, Maria Amélia Antunes. “José Bastos tem que provar”, junto das entidades competentes, que a vereadora anda a “tentar vender o partido a uma empresa da terra”.
“O presidente da concelhia não permite a renovação do partido”, afirma Honorina adiantando que, “o que José Bastos tem medo é de perder a maioria do partido no Montijo” e que “não tem condições para continuar à frente da concelhia”. A vereadora já inscreveu no partido cerca de 70 pessoas e garantiu ao “Setúbal na Rede” que vai continuar “a propor novos militantes de forma a renovar o partido”.
“Colocar pessoas com novas ideias no partido e que ajam com a sua própria maneira de pensar”, é neste momento uma das prioridades de Honorina Silvestre. Neste momento, o número de filiados no PS do Montijo está “em metade do que era habitual”. Para a vereadora a não renovação por parte dos militantes deve-se ao facto de estarem “descontentes com a maneira como José Bastos trata os assuntos e da maneira como comporta, como se fosse um autarca da Câmara”.
A não-aceitação das propostas por parte da concelhia é classificada por Honorina de uma atitude “anti-democrática”, e refere que José Bastos vai ter que explicar “porque é que estas pessoas não podem fazer parte do Partido socialista do Montijo”. Segundo a vereadora “não há nenhuma norma que militantes do partido não possam propor outros militantes”, por isso garante que vai continuar a fazê-lo. “Os montijenses têm medo de José Bastos”, afirma a vereadora da Câmara Municipal referindo que há pessoas que lhe pedem para que sejam “outros militantes a assinar as propostas” porque, quando aparece o nome de Honorina “o mais provável é que a proposta seja rejeitada”.
Quanto a reuniões feitas pela vereadora, que José Bastos classifica de “conspirações”, Honorina Silvestre confirma que fez algumas com pessoas da Câmara com “o intuito de retirar o presidente da concelhia do seu lugar”. Mas a vereadora garante que as reuniões “não foram secretas pois foram dadas a conhecer à presidente da autarquia”, à qual pediram “ajuda” para retirarem José Bastos do seu cargo. Algum tempo depois a presidente respondeu que “nunca agiria contra o presidente da concelhia e que era ele que devia continuar no cargo”.
No que diz respeito à queixa que José Bastos vai apresentar contra a vereadora, Honorina diz que não está preocupada e afirma que “as pessoas já se esqueceram” de que fez “muitas reuniões deste tipo para conseguir ajudar o Partido Socialista a ganhar as eleições ao PCP”. Uma coisa é certa, Honorina garante que vai continuar a ser vereadora na Câmara, apesar de não ter pelouros, gabinete e secretariado.