Cais do Seixalinho foi hoje inaugurado
Foi inaugurado hoje o novo terminal fluvial Cais do Seixalinho, no Montijo. “Este não é um simples cais de embarque mas sim, um interface que brevemente irá ser complementado com serviços comerciais de forma a aumentar a qualidade do serviço”, garantiu João Franco, presidente do conselho de administração da Transtejo. Para a presidente da Câmara Municipal do Montijo este novo equipamento vai “permitir abraçar o Tejo com maior rapidez e com menores custos para a maioria dos utentes”.
Com esta nova estrutura na cidade do Montijo “é possível que os níveis de competitividade da cidade venham a aumentar, tornando-a mais atraente do ponto de vista económico, residencial, social e cultural”, afirmou a edil montijense. O novo terminal vai “contribuir para um desenvolvimento directo à mobilidade da área”, referiu João Franco adiantando que a obra ficou orçada num total de “6 milhões de euros”. Este novo equipamento abarca um interface coberto para transporte rodoviário e um parque de estacionamento para 1500 viaturas.
A Transtejo, “de forma a rentabilizar custos e de permitir melhores condições de navegabilidade” no rio Tejo optou “em boa hora”, de acordo com a presidente da autarquia, transferir o Cais dos Vapores para o Seixalinho. Esta é uma alternativa “mais cómoda, rápida e segura para se fazer as deslocações entre as duas margens”, garantiu Maria Amélia Antunes. Para o Cais dos Vapores está destinada uma “ampla intervenção que irá rejuvenescer a área” que, para a presidente da autarquia, virá trazer “inegáveis mais valias para o comercio local e para todos os montijenses”.
De acordo com a Transtejo esta nova estrutura vai também contribuir para um descongestionamento da zona urbana do Montijo e permitirá a “redução do custo da operação da empresa”. Durante o seu discurso, o presidente do concelho de administração da Transtejo, não deixou de realçar dois aspectos relevantes para a actividade do grupo. O primeiro tem a ver com a articulação que está a ser feita entre a Transtejo e a Soflusa, que já têm “uma administração em comum, de forma a proporcionar uma redução dos custos”. O segundo prende-se com a actualização dos tarifários pois, de acordo com João Franco, “para se ter uma boa qualidade, conforto e segurança, são necessários investimentos pesados”, e por isso é necessária uma “revisão profunda dos tarifários de modo a poder oferecer-se mais aos utentes”.
Uma restruturação tarifária que “está prevista nos projectos”, referiu o Secretário de Estado dos Transportes. Seabra Ferreira garantiu ainda a “implemantação de uma tarifa intermodal” que abranja todos os transportes de maneira a que haja, “um regulamento do transporte automóvel”. O Secretário de Estado falou ainda da criação da Autoridade Metropolitana de Transportes, do qual afirma se tratar de “um processo gradual e sustentado” e que por isso não esperam um “grande impacto no imediato”.
Com a criação da Autoridade Metropolitana de Transportes “vai ser possível regular”, de acordo com Maria Amélia Antunes , “com mais eficácia e eficiência o funcionamento dos transportes de cada região metropolitana”. A presidente da Câmara referiu ainda que “a autarquia valoriza a utilização dos transportes públicos” mas para isso, garante que “é necessário haver uma articulação entre as entidades envolvidas”. Para isso, é também necessário, de acordo com Maria Amélia Antunes, “criar um conjunto de infraestruturas de forma a que o transporte público seja mais apelativo”.
A travessia entre o Montijo e o Terreiro do Paço, que agora se vai passar a fazer em 20 minutos, tem, de acordo com dados de Transtejo, um fluxo diário de cinco mil passageiros, prevendo-se com a entrada em funcionamento do Cais do Seixalinho que este número aumente em 50%.