ETAR vai entrar em funcionamento
antes do início da época balnear
A Estação de Tratamento de Águas Residuais de Setúbal “vai entrar em funcionamento até ao começo da época balnear”, garantiu hoje André Martins, vereador do ambiente da Câmara Municipal de Setúbal, durante uma visita efectuada ao local. Neste momento estão já a ser realizados testes com água ainda não proveniente da rede de esgotos.
Estes testes são uma “precaução para o futuro” pois, servem para verificar se tudo está “a funcionar dentro da normalidade”, explica André Martins. De acordo com o vereador, “é preferível aguardar mais um pouco”, de forma a, “tomar medidas” que garantam que, quando a ETAR estiver a funcionar já com os esgotos, “não haja problemas”. Se houvesse uma paragem na ETAR, com ela já a trabalhar com a rede de esgotos, isso “iria ter muitos custos”, refere André Martins.
Agora vão “ter início as obras de ligação da rede ao interceptor, ao mesmo tempo que serão feitos testes”, explica o vereador adiantado que, depois será feita “a ligação à ETAR”. André Martins afirma que, toda esta obra é “muito complexa e de muita responsabilidade” e que, por isso, “vale a pena perder tempo mas ter uma garantia técnica”. O vereador afirma que, se quisessem “a Estação poderia estar a trabalhar dentro de um mês”, mas desta forma, “seriam corridos muitos riscos”.
Esta obra, que tem um custo total de 30 milhões de euros, está preparada para tratar resíduos de cerca de 250 mil habitantes, mas a capacidade da estação está já “preparada para criar condições para mais pessoas dentro da malha urbana”, garantiu o vereador do ambiente. Assim, a ETAR está apta para receber os habitantes do empreendimento Nova Setúbal. Sobre este assunto, André Martins afirma que estão atentos mas, que durante os próximos “dez anos não é preciso estar preocupado”.
A estação vai também produzir biogás, que depois de queimado “permite produzir energia eléctrica que vai fazer funcionar a ETAR”, explica Lobo Soares, técnico da Câmara, adiantando que também as lamas depois de desidratadas poderão, posteriormente, “ser utilizadas na agricultura”. Há ainda a “possibilidade de uma parte da água da ETAR poder ser utilizada na rega e na lavagem das ruas”, refere André Martins.
A Estação de Tratamento das Águas Residuais “é um grande investimento”, afirma André Martins garantindo, que dela “vão ser retirados resultados bastante positivos, daqueles que são os desperdícios de todos”. 