Honorina Silvestre aceita cargo
de assessora do urbanismo em Alcochete
Honorina Silvestre aceitou o cargo de assessora para a área do urbanismo que lhe foi feito pelo presidente da Câmara Municipal de Alcochete. Um cargo que vai acumular com o de vereadora da Câmara do Montijo, já que segundo a autarca, não vai “abdicar dessa função”. Com este convite, Honorina Silvestre sente-se “honrada” e diz, querer retribuir “a confiança” que o presidente da autarquia de Alcochete depositou em si.
Neste momento, de acordo com Honorina Silvestre, está a decorrer, do ponto de vista legal, o processo na Câmara, para que depois possa assumir o cargo. Com o conhecimento que tem do concelho de Alcochete, a vereadora diz poder “ajudar José Inocêncio no que diz respeito ao planeamento”. A convocação para aceder ao cargo de assessora para o urbanismo vem ainda, “atendendo aos últimos factos”, ajudar “a repor” o seu “bom-nome”, que, refere, “o presidente da concelhia do PS do Montijo andou a denegrir”.
Este convite vem também mostrar que, “o presidente da Câmara de Alcochete não ficou afectado com o processo que foi orquestrado”, contra si, “pelo presidente da concelhia do PS e que foi fecundado pela presidente da Câmara do Montijo”, refere Honorina Silvestre. Este convite é, de acordo com a autarca, uma maneira de “pôr em prática a solidariedade que José Inocêncio já havia demonstrado”.
Mesmo exercendo este cargo, Honorina Silvestre garantiu ao “Setúbal na Rede” que não vai deixar de ser vereadora, ainda que sem pelouros, da Câmara do Montijo. Honorina Silvestre afirma que, não vai “deixar de reclamar” os seus direitos enquanto vereadora e, refere que vai exigir que, Maria Amélia Antunes a trate “da mesma maneira que trata os outros vereadores”. A vereadora que neste momento não tem gabinete na autarquia vai ainda, “dar conhecimento dos factos à Inspecção-geral da Administração Pública”.
Nesta altura, a vereadora está a ponderar o facto de recorrer à comissão para os assuntos de acesso aos processos administrativos já que, de acordo com a vereadora, a presidente da autarquia a impede de “ter acesso a processos da autarquia”. De acordo com Honorina Silvestre, estes processos têm a ver com “despachos de obras municipais” nas quais estão a ser feitos, a seu ver, “trabalhos a mais”. A vereadora disse ainda ao “Setúbal na Rede” que lhe foi negada “a consulta a uma conta de garantia bancária para fazer uma obra municipal que, segundo dizem, o dinheiro foi gasto em despesas correntes”.
Quanto à queixa que fez contra, José Bastos, presidente da concelhia do PS do Montijo, Honorina Silvestre revelou que “as testemunhas já estão a ser ouvidas no Ministério Público” e espera que José Bastos “seja acusado daquilo que disse directa e indirectamente na comunicação social”. Se isso não acontecer, a vereadora afirma que vai elaborar “uma queixa cível” contra o presidente da concelhia.