Quercus preocupada com golfinhos do Sado
A associação ambientalista Quercus está preocupada com eventuais impactes, decorrentes da construção do novo cais dos ferryboats e da marina de Tróia.
A preocupação é manifestada pelo presidente dos ambientalistas, José Paulo Martins, numa altura em que está em fase de consulta pública a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) dos projectos.
José Paulo Martins admite ainda, não ter tido “oportunidade de se debruçar sobre a totalidade do documento, de modo a emitir um parecer definitivo”, contudo vai adiantando algumas considerações relativamente à avaliação que está em consulta pública até Março.
Segundo contou ao “Setúbal na Rede”, o presidente da Quercus, o que salta à vista é “a preocupação sobre os eventuais impactes” daqueles equipamentos “na população de golfinhos do estuário”. Mas enquanto a AIA indica que o aumento do tráfego marítimo poderá ter como resultado o total desaparecimento dos roazes do Sado, José Paulo Martins não vai tão longe, admitindo, todavia, como certo, que a comunidade “vai sofrer consequências do aumento da circulação”.
Embora acredite na criação de medidas de minimização dos impactes ambientais, o ambientalista recorda que “a experiência diz que, na prática, isso nem sempre acontece”. Por outro lado, diz que é necessário pensar nas consequências destes projectos para a dinâmica dunar, junto à futura marina de Setúbal e questiona “até que ponto os pontões a construir vão influenciar a erosão”.