Secil poderá sair de Portugal
“A Secil poderá pôr a hipótese de se implementar noutro país”, se se vier a confirmar a instalação de uma moagem na Sapec – Bay, afirmou Dias Cardoso, ao “Setúbal a Rede”. De acordo com o administrador da Secil, “podem estar em causa muitos postos de trabalho na empresa. quer directos, quer indirectos” estes últimos, segundo Dias Cardoso, “têm a ver com as importações e exportações feitas no Porto de Setúbal”.
Se a Secil “produzir menos, também vai haver menos circulação no porto”, garante Dias Cardoso, adiantando que a verificar-se a instalação da moagem, a Secil irá “diminuir as suas fontes de receitas”. De acordo com o administrador, a parte “mais nobre” de uma fábrica de cimento, e que “mais empregos dá”, é fazer o clinquer, que neste caso “vai ser trazido do estrangeiro” para ser moído na Sapec. A parte da moagem é a parte final da concretização do produto e que “apenas significa 15 a 20 postos de trabalho”, refere o administrador.
Ao ser feita a instalação de uma moagem na Sapec, estão a ser criados “postos de trabalho no estrangeiro e será feito com mão-de-obra mais barata”, afirma Dias Cardoso, adiantando que a administração da empresa está também “preocupada com os aspectos de ordem ambiental”. A Secil “segue os parâmetros ambientais” regidos pela Comunidade Europeia, que são “muito rigorosos”, refere o administrador garantindo que, quando se vai buscar o clinquer “fora dos países da União Europeia, não se sabe que cuidados têm”.
Desde Janeiro que a Secil “tem apenas a trabalhar um forno” e se entrar mais uma moagem no mercado, “começam a ser fornos a mais”, garante Dias Cardoso, adiantando que este problema “já foi apresentado ao poder local”. Agora resta “esperar” para saber se realmente será implantada a moagem na Sapec, até lá, Dias Cardoso afirma que, a empresa vai mostrar “os inconvenientes” que esta instalação tem para Setúbal, “a quem de direito e que tem poderes para intervir”, conclui.
Assim, se se confirmar a implantação de uma nova moagem em Setúbal, a administração da Secil terá que “ponderar” e. possivelmente, “procurar outro sítio para se implantar” que, “não será em Portugal”, garantiu Dias Cardoso ao “Setúbal na Rede”. 