PSD pede reavaliação da Plano de Pormenor do PNA
O deputado do PSD eleito pelo círculo de Setúbal, Luís Rodrigues, vai pedir, ainda esta semana, ao ministro do Ambiente, que reavalie o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (PNA). “Suspender todo o processo não é solução” porque, neste momento “já há muito trabalho feito”, garante o deputado, defendendo que se crie “um grupo de trabalho” do qual façam parte “as autarquias, o próprio Ministério do Ambiente e diversas associações”, para que depois se possa fazer a discussão pública “com ideias mais concretas”.
Para que haja tempo para a concretização deste grupo, Luís Rodrigues defende que “é preciso alargar o prazo de discussão pública do plano”. Para o deputado o plano, que se encontra em discussão pública, “não teve em consideração questões sociais e económicas”, teve em conta “apenas questões ambientais”, o que para Luís Rodrigues “não deixa de ser importante”. Ao colocar em discussão o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida, “tem que se ter em conta os diversos interesses, legítimos e ilegítimos que há”, afirma o deputado que por isso, “é preciso, dentro do possível, ter cautela”.
O plano defende que “não se pode pescar à linha” mas, de acordo com Luís Rodrigues, “não é isso que vai fazer com que se prejudique os viveiros do parque marinho”. Outra das situações que o deputado diz não entender é a “quase impossibilidade de circulação de embarcações de recreio”. Se tudo fosse cumprido tal como está no plano, “Sesimbra iria desaparecer” pois, esta vila “está ligada a tudo o que relacionado com o mar”.
De acordo com Luís Rodrigues, o plano faz também “demasiadas restrições a actividades como a floresta, a vinha e a pastorícia” que, são sectores que contribuem para o “desenvolvimento e promoção da região” e por isso defende que “tem que haver um equilíbrio entre o ambiente e a actividade humana”. Luís Rodrigues está convicto que o Ministério do Ambiente vai ponderar bem “os efeitos que cada proposta vai ter e está confiante de que se vai ter um plano muito melhor”. Ainda assim, o deputado questiona, “como é que se vai fazer cumprir todas estas restrições se não há fiscalização”, conclui.