Parque Toca do Pai Lopes continua em funcionamento
O Parque de Campismo continua a “funcionar normalmente”, mesmo depois do ultimato dado pela câmara, através de um comunicado, para que até dia 14 deste mês, os utentes da Toca do Pai Lopes retirassem todo o material do parque. Quando contactadas as instalações do parque, um funcionário informou o “Setúbal na Rede” que “não surgiu nenhuma ordem para que o parque fechasse as portas”, nem “ninguém retirou nada lá de dentro”. Segundo a mesma fonte, “os funcionários e campistas entram e saem normalmente do parque”.
De acordo com Conceição Breu, representante dos utentes do parque, este “continuou a funcionar após as 17 horas”, prazo estabelecido para o encerramento, e afirma que, “enquanto não saírem as ordens judiciais, os campistas vão continuar a entrar e sair do parque”. Considera ainda que “a câmara tem de respeitar o recurso que interpuseram” e João Reis, da Associação dos Campistas da Toca do Pai Lopes, afirma que “vão aguardar pacificamente a decisão do tribunal”, já que “não se tratam de arruaceiros” e não vão fazer nada que “não esteja dentro da legalidade”.
Na sequência da decisão da câmara do encerramento do parque, a Associação de Campistas da Toca do Pai Lopes, apresentou um comunicado no qual consta que a câmara apresentou “fundamentos falsos” para encerrar o parque e que “a câmara desrespeitou, sem dó nem piedade, todos os utentes do parque, não lhe arranjando alternativa”, classificando a atitude da câmara como uma “manifestação de força e abuso de poder”.
Conceição Breu salienta o facto de não se ter realizado “nenhum acordo entre a Câmara Municipal de Setúbal e os ocupantes do parque”. Considera também que a câmara se baseia num “programa Polis que não existe”, e que “além disso o assunto não foi discutido em Assembleia Municipal”. Os campistas defendem a “requalificação do parque” em vez do seu encerramento.
A associação recorreu aos Tribunais administrativos no sentido de ser anulada a decisão de encerramento do parque e propôs também a providência cautelar de suspensão da decisão. João Reis promete que a associação vai “levar até ao termo e dentro da legalidade a possibilidade de manter o parque aberto”. Até ao momento não foi possível obter a posição do vereador do Ambiente, André Martins sobre o assunto.