Presidente da distrital socialista convicta
na inocência de Paulo Pedroso
Maria Amélia Antunes, presidente da Distrital do Partido Socialista de Setúbal, afirma ter uma “convicção profunda na inocência do camarada” socialista Paulo Pedroso. “Não há nada que leve” a líder da distrital “a não acreditar na inocência do deputado”, mas no entanto “deixa nas mãos dos tribunais o cumprimento da justiça” que, como em todos os casos de justiça, “deve ser tratado com a celeridade que se impõe” para que os factos apresentados sejam julgados e provados devidamente.
A presidente da distrital evidencia a “dignidade da acção de Paulo Pedroso, por ter levantado de imediato a imunidade que detinha”, inerente ao seu mandato parlamentar na Assembleia da República e demonstra toda a “solidariedade para com o deputado” lembrando a “importância de se defender a honra e credibilidade do deputado” já que, no quadro de funcionamento das instituições democráticas existe o princípio de suposição de inocência.
A Juventude Socialista do distrito, pela voz de José Luís Barão, do secretariado, releva a “atitude digna que o deputado demonstrou” ao demitir-se dos cargos que ocupava no partido bem como o facto de ter “renunciado à imunidade parlamentar permitindo que a investigação siga o seu curso”.
“Esta é a primeira vez que se coloca esta situação”, de ausência de um deputado por prisão preventiva, refere Maria Amélia Antunes que acredita que “a Assembleia da República resolverá o caso da melhor forma” e José Manuel Epifânio “aceitará ou não o lugar de deputado dependendo da sua vontade”.
A Juventude Socialista ressalva a “importância de respeitar a separação de poderes”, defendendo que “o partido não deve pronunciar-se sobre a culpabilidade ou não de Paulo Pedroso”. Mas José Luís Barão refere que “a ausência do deputado Paulo Pedroso é politicamente uma grande perda na Assembleia da República e mesmo a nível distrital”, já que, na opinião do jovem socialista, “o deputado era uma das vozes mais activas do distrito”.
Ainda não foi encontrada uma solução para a ausência do deputado na Assembleia da República, mas depois da Conferência de Líderes de hoje, a Comissão Parlamentar de Ética emitirá uma decisão final. A decisão pode passar, segundo as declarações de uma fonte do PSD à Lusa, pela suspensão ou renuncia do mandato. Mas, já que não existe uma lei que preveja este tipo de situações, verifica-se a hipótese de as faltas do deputado serem justificadas de modo a que o deputado possa continuar a exercer as suas funções, visto que ainda não tem nenhuma acusação formulada contra si.