Sadinos despedem-se da SuperLiga com um empate
O Vitória de Setúbal na última jornada do campeonato recebeu o Belelenses, num jogo apenas para cumprir calendário. O Vitória com o destino já traçado para a II Liga e os de Belém numa classificação descansada, deram um espectáculo que embora sem emotividade, pôde-se considerar agradável. O resultado final traduziu-se num 1-1, justificado pelo que o Vitória fez no primeiro tempo e o Belenenses no segundo.
Árbitro: José Godinho
Vitória Futebol Clube: Marco Tábuas (Cap.); Nelson; Hugo Costa; Hugo Alcântara; Ricardo Pessoa; Joca; Chipenda; Mário Carlos; Jorginho; Rui Lima; Meyong.
Treinador: Carlos Cardoso
Alinharam ainda pelo VFC: aos 55 minutos saiu Nelson e entrou Celino; aos 79 minutos saíram Ricardo Pessoa e Mário Carlos e entraram Jean Paulista e Pascal.
Disciplina: amarelo aos 61 minutos para Rui Lima.
Belenenses: Marco Aurélio; Sousa; Odair; Orestes; Carlos Fernandes; Tuck (Cap.); Marco Paulo; Verona; Mauro; Neca; Antchouet.
Treinador: Manuel José
Alinharam ainda pelo Belenenses: aos 55 minutos saiu Tuck e entrou Ludemar; aos 76 minutos saíram Sousa e Antchouet e entraram Rui Borges e Eliseu.
Disciplina: amarelo aos 61 minutos para Verona; aos 65 minutos para Antchouet; aos 69 minutos para Carlos Fernandes;
Golos:
1-0 aos 8 minutos por Mário Carlos, que recebeu uma assistência de morte de Jorginho, depois deste ter efectuado uma jogada individual pela esquerda;
1-1 aos 77 minutos por Eliseu, que recebeu um passe longo pela esquerda e perante a saída de Marco Tábuas rematou para o tento.
O Vitória de Setúbal recebeu o Belenenses na derradeira jornada da SuperLiga. Os sadinos com passaporte para a II Liga já carimbado há duas jornadas atrás, despediram-se com um empate.
Depois de um início de campeonato promissor, os setubalenses começaram a baixar de rendimento e nem a dança de três treinadores serviu para dar uma reviravolta no rumo dos acontecimentos. O Vitória de Setúbal queixou-se, e com razão, da arbitragem. Se imaginarmos uma balança de erros a favor e contra, ela foi claramente desfavorável aos homens do Bonfim. Mas é claro que isso não justifica nem pode justificar tudo.
No campeonato extra-muros a contabilidade até foi positiva, com dezoito pontos fruto de quatro triunfos e seis empates. Agora em casa é que a ‘pintura saiu borrada’. Com apenas dois triunfos e sete empates, que se traduziu nuns paupérrimos treze pontos. Para um campeonato renhido como este pela luta da despromoção, nunca podia chegar.
Em minha opinião, o momento decisivo do ‘embalo’ para a II Liga foi a derrota em casa com o Varzim. Depois de ter estado a vencer por 2-0 ao intervalo, não se esperou que o resultado final traduzisse-se num 2-4. O Vitória ganhando tinha ficado a quatro ou cinco pontos da ‘linha de água’ e teria morto o borrego dos jogos em casa ainda na primeira volta. O que certamente teria dado outra estabilidade. Acredito que com esse triunfo, os setubalense teriam feito um campeonato tranquilo. No entanto estamos a falar meramente no campo especulativo.
O jogo com o Belenenses revelava-se meramente ‘decorativo’ e para cumprir calendário, mas assistiu-se a um Vitória atrevido e a jogar razoavelmente bem no inicio da partida. Logo aos oito minutos da partida Mário Carlos inaugurou o marcador, depois de uma assistência primorosa de Jorginho, após um bom trabalho deste pela esquerda do ataque.
A primeira parte teve pouco que contar com os sadinos mais perigosos e o Belenenses a jogar em contra-ataque mas sem grandes ameaças para a baliza de Marco Tábuas.
No segundo tempo, os Belenenses foram superiores e com uma frente de ataque alargada, com a entrada de Ludemar, avançado, para o lugar de Tuck, ‘trinco’, passaram a causar grandes dificuldades à defesa sadina. Não obstante isso e perante o resultado, Manuel José, técnico dos azuis, colocou Eliseu e Rui Borges, aos 76 minutos. Passado um minuto, Eliseu recebe a bola na esquerda e rematou para a baliza, ficando a dúvida se ela já tinha entrado ou não quando Rui Borges o confirmou. Pareceu no entanto já a bola ter passado a linha de golo.
O empate foi o resultado justo pelo que o Vitória fez no primeiro tempo e pela supremacia dos homens de Belém no segundo tempo.
O destaque no Vitória de Setúbal:
Jorginho, não apenas por este jogo em que foi o melhor sadino e, invariavelmente, as melhoras jogadas saíram dos seus pés, mas também por ter sido, claramente, o melhor durante a época, além de ter sido o melhor marcador vitoriano. Neste jogo fez a assistência para o golo setubalense.