Junta de S. Lourenço
sem meios para limpeza da freguesia
O presidente da Junta de Freguesia de S. Lourenço reconhece que a junta tem neste momento “pouca capacidade de intervenção” ao nível da limpeza na freguesia. No entanto, de acordo com Henrique Gonçalves esta situação deve-se à “falta de meios humanos e mêcanicos” por parte da junta, e que não permitem a realização de um trabalho mais eficaz nesta área. É a resposta às críticas lançadas pelo Núcleo de Azeitão do PSD.
Henrique Gonçalves reconhece que em matéria de limpeza “a situação não é a ideal”, pois a junta vive uma “fase complicada, com recursos escassos”. Para além do período de férias, que motivou a ausência de muitos funcionários, “há também muitas pessoas, algumas destacadas pela Câmara de Setúbal que estão com baixa médica”, e tudo isto “veio agravar ainda mais o problema da falta de meios humanos na Junta de Freguesia de S. Lourenço”.
Henrique Gonçalves garante que a junta “tem vindo a desenvolver todos os esforços, no sentido de minimizar o problema”, tendo alguns funcionários realizado horas extraordinárias “para que se possa acorrer às situações mais graves”. “Mas não é possível fazer mais”, lamenta, dado que também não existe “a necessária capacidade financeira”. Apesar de realçar que a situação “não é catastrófica”, reconhece que “realmente há locais que se encontram muito sujos”. Mas no entender do presidente da Junta de Freguesia de S. Lourenço, este facto também se fica a dever um pouco à “falta de civismo das pessoas”, e há mesmo locais que “têm de ser varridos várias vezes durante o dia”, pois “os funcionários limpam e recolhem o lixo, e as pessoas voltam a sujar”.
Henrique Gonçalves refere que há muito lixo espalhado pelas ruas, sobretudo entulho e restos de materiais de construção civil, dado que aquela zona de Azeitão está em franco crescimento urbanístico. Para o presidente da junta, esta é mais uma razão que contribui para a freguesia se encontrar “pouco limpa”. “A sociedade não respeita a via pública”, refere, “os construtores depositam nas ruas todo o tipo de lixo”, e com a falta de meios humanos e mecânicos com que se depara a junta “é difícil manter as ruas mais limpas”, o que acaba por “prejudicar a população que não tem culpa”.
Tendo em conta estes factores, Henrique Gonçalves disse ao “Setúbal na Rede” que a Junta de Freguesia de S. Lourenço está a estudar uma eventual alteração ao protocolo de descentralização de competências da Câmara Municipal de Setúbal, para que a junta possa vir a dispor de mais meios humanos e mecânicos na área da limpeza, e assim poder “prestar um melhor serviço à população da freguesia”.
Quanto ao Plano de Pormenor da Brejoeira Norte, o qual também é alvo das preocupações do PSD, Henrique Gonçalves refere que “sabe o mesmo que o PSD”, ou seja, que o plano está suspenso, para serem introduzidas algumas alterações, que foram consensuais durante a discussão pública do plano. O autarca aguarda com “serenidade” a nova proposta do construtor, que será depois novamente levada a discussão pública e a aprovação em sessão pública de câmara. “Se forem feitas as alterações acordadas na discussão pública”, refere, “não razões para impedir que a construção da urbanização avance”.
Para Henrique Gonçalves todos os projectos são bem vindos, “desde que tenham dignidade, respeitem o que já está implantado e tragam mais valia para a freguesia”. A proposta inicial para a Brejoeira Norte “não respeitava estes critérios”, e por isso “não foi aprovada em sessão de câmara”. Para além dos aspectos referidos pelo PSD, Henrique Gonçalves refere que foi feita uma “chamada de atenção” ao construtor, no sentido de o projecto da nova urbanização contemplar uma área para a implantação da pequena indústria (oficinas, escritórios, etc), “que é necessária numa urbanização com esta dimensão, para que não se torne um dormitório e tenha alguma vida própria”. Resta aguardar pela apresentação da nova proposta.