Câmara da Moita apresenta Gimnodesportivo
da Baixa da Banheira
O projecto do Pavilhão Gimnodesportivo Municipal da Baixa da Banheira foi apresentado ontem. Trata-se de uma infra-estrutura que vai ter uma área de mais de nove mil metros quadrados, e vai custar cerca de cinco milhões de euros. Segundo o presidente da Câmara da Moita, João Lobo, este equipamento “é uma das principais obras a realizar no âmbito da Operação de Revitalização Urbana da Baixa da Banheira”, e pretende ser um “espaço polivalente”, não só para a prática de actividades desportivas, como também destinado a iniciativas culturais.
João Lobo considera que este vai ser um “investimento estratégico para o desenvolvimento do concelho”, e que vai servir, não só a freguesia da Baixa da Banheira e o Vale da Amoreira, mas também todo o concelho. No entanto, tal como já tinha dito anteriormente, João Lobo espera que o futuro Pavilhão Gimnodesportivo da Baixa da Banheira tenha também uma “grande importância nacional”.
Para o autarca, este pavilhão deve constituir um “motivo de orgulho” para todos os moitenses, pois trata-se de um “grande equipamento multi-funcional”, com a “importância acrescida de ser único do concelho”.. João Lobo acredita que as valências e “a qualidade do projecto” vão dar uma “visibilidade especial ao concelho”.
O presidente da Câmara pretende lançar em Maio um concurso público internacional para a construção do equipamento, na Quinta da Carvalheira, e prevê que “a obra possa avançar até ao final do ano 2004”.
Para o vereador das Obras Públicas e do pelouro do Desporto, Miguel Canudo, esta obra tem dois simbolismos. Em primeiro lugar pretende “materializar e cumprir um dos objectivos do programa eleitoral”. Além disso, demonstra que, “apesar das dificuldades e pessimismos que actualmente as autarquias enfrentam”, a câmara da Moita “conseguiu avançar e concretizar algo que irá servir um número indeterminado de pessoas em várias vertentes”.
Miguel Canudo sublinha que “a importância é ainda maior porque o espaço vai ser polivalente”, e vai dispor de boas condições para a prática desportiva de todas as modalidades. Para além disso, vai ainda proporcionar a realização de eventos culturais no auditório, e também eventos cívicos e sociais diversos.
O Gimnodesportivo da Baixa da Banheira não esqueceu o acesso para pessoas portadoras de deficiências, que está previsto na lei. Para além de rampas de acesso à entrada do edifício, o arquitecto Paulo Azevedo realça a “importância de uma boa inserção na sociedade das pessoas com deficiências físicas”, e para tal é necessário garantir que “todos possam viver as mesmas experiências do mesmo modo”.
Paulo Azevedo explica que este pavilhão “vai proporcionar a prática de todas as modalidades desportivas de sala, com excepção do atletismo de pista”. Para a prática dessa modalidade seria necessária uma pista de 200 metros, e “o pavilhão não tem capacidade para tal”.
A nova infra-estrutura é composto por 4 pisos. No piso 0 encontra-se a área desportiva, as lojas, a sala de musculação e o ginásio. O piso 1 vai acolher o auditório e no piso 2 vai ser instalado um bar de apoio aos atletas e aos visitantes. No 3º e último piso, o espaço é destinado à bancada que poderá acolher até dois mil espectadores.
Na área exterior para além dos espaços verdes que já existem e que vão ser aproveitados, vai também ser preservada a área onde é feito o tradicional mercado de rua semanal, assim como outros certames que por vezes ali se realizam. O novo pavilhão da Baixa da Banheira vai ter também uma vertente comercial, ou seja, uma área de lojas onde será construído um mini centro comercial, que poderá dar apoio e servir a população local, e não apenas os atletas ou os frequentadores da infra-estrutura desportiva.
Ao concurso lançado pela Câmara Municipal da Moita para a adjudicação das obras do futuro Pavilhão Gimnodesportivo da Baixa da Banheira concorreram 11 gabinetes e empresas de arquitectos. O vencedor foi a J.A.Arquitectos Lda., em 2º lugar ficou a A.Burmester Associados Lda., em 3º Back Gordon Arquitectos Lda. e o 4º projecto escolhido foi da Progitape- -Projectos de Planeamentos e Urbanização Lda. À estas três empresas não vencedoras coube um prémio monetário com valores entre os 1.500 e os 5 mil euros.