[ Dia 16-12-2003 ] – Ministro da Saúde elogia “empenho” do Outão na execução do PECLEC.

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Ministro da Saúde elogia “empenho” do Outão
na execução do PECLEC

O Ministro da Saúde, Luis Filipe Pereira, acredita que em Março de 2004 “deverá estar resolvido o problema das listas de espera para cirurgias nos hospitais portugueses”. O governante esteve esta segunda-feira no Hospital Ortopédico do Outão, onde elogiou o trabalho dos profissionais de saúde desta unidade hospitalar, na execução do Programa Especial de Combate às Listas de Espera de Cirurgias (PECLEC).

Luís Filipe Pereira garante que uma das grandes prioridades do seu ministério centra-se no combate às listas de esperas, pois “é intolerável haver milhares de pessoas que esperam cerca de 10 anos por uma cirurgia”, por “não se utilizar toda a capacidade existente nos hospitais”. Quando entrou para o Governo, eram “cerca de 120 mil doentes nesta situação”. Desde que foi implementado o PECLEC, “mais de 80 mil destes casos já estão resolvidos”, e “o tempo de espera diminuiu de 5 a 10 anos para cerca de 6 meses”.

Deste modo, Luís Filipe Pereira garante que em Março do próximo ano as cerca de 40 mil pessoas que ainda fazem parte da lista “já tenham o seu problema resolvido”. Salienta ainda que no final de 2003, o número de consultas dadas nos hospitais portugueses “deverá contar com mais 450 mil em relação ao ano anterior”. Tudo isto só foi possível “graças ao grande empenho do Ministério da Saúde em combater este problema grave no nosso país”.

O Hospital Ortopédico Sant’Iago do Outão é, de acordo com Luís Filipe Pereira, “um exemplo para outros hospitais portugueses”, na medida em que apresenta “um número de cirurgias realizadas, superior à média nacional”. Antes de o PECLEC começar a ser executado, havia mais de 1800 doentes em lista de espera para cirurgias no Outão, e “hoje esse número diminuiu para 152”. Para isso contribuiu, segundo o presidente do Conselho de Administração do Hospital do Outão, a abertura da sala de cirurgia do ambulatório, em 2003, pois “permitiu a realização de 299 cirurgias até final de Novembro”. Em 2004, Alfredo Cabral espera “incrementar a utilização desta sala”, para que a actividade de cirurgias aumente para 450 por ano.

Para o ministro da Saúde, estes números devem-se a um “espírito fundamental de servir a comunidade, em especial os que mais necessitam”, que existe neste hospital. No Outão existe actividade de prestação de consultas que se prolonga para lá das 20h00, e esta utilização continuada ao longo do dia “é um bom exemplo para os outros hospitais que querem reduzir as listas de espera”.  

Realça ainda as preocupações que esta unidade hospitalar manifesta em relação à melhoria da qualidade de prestação de serviços, e que levaram o Outão a aderir ao programa de acreditação pelo Health Quality Serviço, com o apoio do Instituto da Qualidade em Saúde (IQS). Luís Filipe Pereira reconhece que o hospital tem um “longo caminho a percorrer” até à acreditação final em 2005, mas “nota-se grande empenho dos profissionais para certificar o hospital”.

O presidente 2004 do Conselho de Administração do Hospital do Outão anunciou ainda que e 2004 “vai abrir uma unidade de cuidados intermédios com sete camas”, cujo equipamento, no valor de 109 mil euros, foi oferecido pela empresa Secil, do Outão. Esta unidade vai permitir “melhorar a segurança e qualidade dos serviços prestados no pré e pós-operatório” e também “reduzir transferências de doentes internados

Em 2004 deverá também começar a construção do novo serviço de radiologia do Hospital Ortopédico do Outão. O financiamento está incluído no PIDDAC para 2004, e, segundo garante Luís Filipe Pereira, “vai também haver meios para esta obra em 2005”. O custo total previsto para este novo serviço é de 1051 mil euros. Para o ministro da Saúde, estes exemplos demonstram o “grande esforço desenvolvido pelos profissionais do Outão”, no sentido de “cada vez mais prestar melhores cuidados à população”seta-4576487