[ Dia 27-01-2004 ] – PCP contra aumento do preço dos transportes públicos no Barreiro.

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PCP contra aumento do preço
dos transportes públicos no Barreiro

A concelhia do Barreiro do Partido Comunista considera que “não há justificação” para a câmara ter aumentado o preço das tarifas dos autocarros municipais, com valores superiores aos propostos pelo próprio Estado. O dirigente Joaquim Matias diz que o PCP está contra este aumento uma vez que “o concelho conta com muita população de baixos recursos”.

Os utilizadores dos Transportes Colectivos do Barreiro vão pagar mais cerca de 5%, enquanto o governo decretou um aumento de 4% para os transportes. Joaquim Matias não concorda com a política camarária dos últimos 17 meses “de aumentos sucessivos”, pois o país vive uma situação económica delicada que se traduz “numa baixa do poder de compra”. Além disso, os bilhetes pré-comprados aumentaram 20 cêntimos o que “subverte a lógica económica desta modalidade”.

O bom funcionamento dos autocarros, e o preço acessível “convidam as pessoas a utilizar os Transportes Colectivos do Barreiro”. Mas, com os novos preços, Joaquim Matias está convicto que há muitos utilizadores regulares que “vão preferir deslocar-se de carro”. Esta situação irá “afectar as receitas da transportadora municipal, em vez de as aumentar”.

O Barreiro é o segundo concelho do país em que se anda mais de transportes públicos, quer dentro da cidade, quer nas deslocações para fora do concelho, nomeadamente para Lisboa. No entender de Joaquim Matias, este aumento “pode afectar a fluidez de trânsito” na cidade e inverter a “actual situação de horas de ponta calmas”, ao contrário do que se passa nos concelhos vizinhos.

Joaquim Matias sublinhou ainda o facto de o executivo PS não ter “cumprido a promessa eleitoral de oferecer à terceira idade as viagens de autocarro”. Além de não ter cumprido, “ainda aumentou o valor”. O responsável comunista acusa os socialistas de terem dado “pouca atenção aos problemas da juventude”. Isto porque, o aumento de 1,05 euros no preço do passe de estudante pode significar a “perda de mobilidade, a um preço acessível”. Refere ainda que o projecto da criação de um passe Barreiro-Soflusa-Metro “está parado, desde a saída da CDU do pelouro”.

O “Setúbal na Rede” tentou contactar o presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Emídio Xavier, mas até ao momento não obteve qualquer resposta. seta-9706199