Câmara de Sines aposta na qualificação
do parque habitacional
A Câmara Municipal de Sines pretende “dar uma nova vida e dinâmica” à zona histórica do concelho, através do Plano de Salvaguarda e Qualificação da Zona Histórica de Sines. O presidente da autarquia, Manuel Coelho, revelou ao “Setúbal na Rede” que o local vai ser alvo de “uma grande intervenção”, logo que este plano seja aprovado. O projecto, que deverá entrar em vigor ainda este ano, vai permitir a instalação de novos habitantes naquela área.
Manuel Coelho refere que, através deste plano, vai ser possível “qualificar o coração da cidade” e “dinamizá-lo com habitações recuperadas e também novas, com espaços comerciais e sociais”. Este projecto vai permitir ainda “definir a circulação automóvel e o estacionamento” nesta zona. Uma das medidas nesse sentido será a proibição do trânsito em algumas ruas que passarão a ser “apenas para circulação pedonal”. Para além de vários percursos pedonais, o projecto engloba ainda a existência de um elevador que vai fazer a ligação da zona histórica à baía.
O autarca espera, deste modo, “não só salvaguardar, mas principalmente qualificar e dignificar” a zona histórica de Sines que se encontra “muito degradada, do ponto de vista da imagem e da actividade comercial”. Há prédios antigos que estão em “avançado estado de degradação” e que “terão mesmo de ser demolidos”, para dar lugar a novos edifícios para habitação, lazer e actividade comercial. Aqueles que ainda estiverem em “boas” condições vão ser alvos de remodelação.
Esta intervenção, que se vai realizar de forma faseada, está também à espera de apoios financeiros. Com o objectivo de os conseguir, a Câmara de Sines vai “criar uma sociedade mista com capitais privados” e vai “candidatar-se a apoios a fundo perdido”. Por enquanto, Manuel Coelho não revela o orçamento previsto para a concretização do projecto de requalificação e revitalização da zona histórica de Sines.
O plano está praticamente concluído e falta apenas a aprovação por parte das entidades oficiais, entre as quais o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA). Para já, o plano está a ser apreciado por estas entidades, mas Manuel Coelho espera que “entre em vigor ainda em 2004”.
Já arrancou segunda fase das obras da Biblioteca
Outro projecto que vai ter uma “importância fundamental” para o concelho, segundo Manuel Coelho, é a nova Biblioteca e Centro de Artes de Sines, que deverá estar pronta em 2005. A segunda fase das obras arrancou no final do mês de Janeiro e diz respeito à “edificação da estrutura de betão”. O custo total da obra está orçado em mais de 4.700.000 euros.
Para além da Biblioteca Municipal e do Centro de Exposições, este equipamento vai albergar um auditório multiusos, com capacidade para 240 pessoas, e o Arquivo Municipal, dai a sua “grande importância para a vertente da educação e cultura no concelho”. Para além disso, a obra terá uma grande utilidade em actividades lúdicas e de lazer, pois o auditório vai poder receber “todo o tipo de espectáculos”. O edifício vai ter ainda uma cave para estacionamento com mais de 60 lugares e um café-bar panorâmico, com vista para o mar.
Pela sua localização, no “coração da cidade”, e pela “excelente qualidade arquitectónica”, o edil de Sines considera que se trata da “mais importante obra do concelho”. Este equipamento poderá funcionar como um pólo de atracção de visitantes e também de “dinamização da zona histórica”. A nova Biblioteca de Sines fica localizada nos terrenos anteriormente utilizados pelo Cine-Teatro Vasco da Gama, pelo barracão do Teatro do Mar e pelo parque de estacionamento contíguo.