Cobras apreendidas em Setúbal não eram para tráfico
A GNR de Setúbal apreendeu ontem três cobras ‘piton’ junto a uma zona habitacional. Chegou a avançar-se a hipótese de tráfico de animais selvagens, mas segundo fontes da GNR “essa hipótese está afastada”. A mesma fonte afirma que para o visado “eram apenas animais de estimação”.
Depois de uma denúncia telefónica anónima, a GNR investigou durante um mês a proveniência das ‘piton’. Esta investigação ocorreu porque “na Alfândega não havia nenhum registo de importação em nome do visado”. Isto aconteceu porque a cobra foi adquirida em Portugal.
O dono dos animais foi apenas constituído arguido, de forma a apurar a proveniência e também “devido à emissão do mandato de busca”. A investigação passou para o Ministério Público que irá avaliar se quem vendeu as ‘piton’ incorre em crime de tráfico de animais selvagens, ou não.
Uma das cobras tinha cinco metros de comprimento e quase 90 quilos. Para apreender o maior exemplar, foram precisos seis elementos do corpo da GNR especializado no serviço da protecção da natureza e ambiente (SEPNA). Os três exemplares foram transportados para o Jardim Zoológico da Maia, Porto.
O SEPNA “trata de infracções a nível ambiental”, como por exemplo em relação à poluição. Este serviço especial tem formação legal na área da natureza dada pelo Instituto do Ambiente. O tráfico de animais selvagens é o segundo mais rentável em Portugal, a seguir ao tráfego de droga.