[ Dia 04-02-2004 ] – À Flor da Relva por Paulo Sérgio.

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À FLOR DA RELVA
por Paulo Sérgio
(jornalista da Sport TV)
 

Foi a semana que todos os adeptos do Vitória de Setúbal desejavam há muito tempo. A equipa de Carlos Carvalhal não só derrotou o Varzim, um dos seus mais directos adversários na luta pelo regresso à Super liga, como ainda conseguiu beneficiar dos empates de Estoril, Penafiel e Naval 1º de Maio – estes dois últimos em sua própria casa –, para consolidar o seu terceiro lugar.

Tal como tenho vindo a dizer ao longo destes últimos meses tudo se vai decidir nas últimas 4/5 jornadas pelo que é perfeitamente extemporâneo cantar vitória antes de tempo. Mesmo assim é evidente que é melhor ter alguma vantagem sobre a concorrência do que o contrário.

O jogo de domingo passado com o Varzim voltou a mostrar-nos um Vitória de Setúbal ambicioso e dominador. Uma equipa que sabe perfeitamente o que pretende. É ainda de realçar o facto de Jorginho ter regressado às grandes exibições depois de um período de algum natural apagamento. Também José Pedro e Hugo Alcântara se exibiram a grande altura. E quando as coisas se passam desta maneira é muito difícil alguma equipa bater os sadinos, se bem que os últimos dois minutos do jogo tenham revelado a pior face da formação de Carlos Carvalhal.

Ultrapassados os jogos com Feirense, Portimonense e Varzim – todos fora de casa –, assim como o desafio caseiro com o Penafiel, no qual os sadinos só se podem queixar de si próprios pelo nulo obtido, o Vitória tem pela frente mais dois jogos em que não vai poder desperdiçar qualquer ponto. No domingo, frente ao Desportivo de Chaves, todos os cuidados são poucos perante uma formação que impôs a primeira derrota da temporada aos setubalenses. Oito dias depois é a vez de jogarem, no Funchal, com o União da Madeira, um dos últimos colocados e que, na primeira volta, veio ao estádio do Bonfim empatar. Como é fácil de perceber são duas equipas com quem os sadinos têm contas a ajustar. Mas, mais importante do isso, têm necessidade imperiosa de conquistar os 6 pontos em discussão. É que a partir de agora a ideia é mesmo aumentar a distância para as equipas perseguidoras e não o contrário.