Carlos Beato preside associação de municípios
do Baixo Alentejo e Litoral
O presidente da Câmara Municipal de Grândola preside, a partir de agora, aos destinos do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, no âmbito da Associação de Municípios do Distrito de Beja (AMDB). É a primeira vez que um autarca do Litoral Alentejano desempenha este cargo, o que, para Carlos Beato, significa “um sinal claro de confiança” dos autarcas da região. O grande desafio do seu mandato será “o processo de decisão sobre a nova divisão administrativa”.
A nova legislação, publicada em Maio, prevê uma nova divisão administrativa com a criação das Grandes Áreas Metropolitanas (GAM) e Comunidades Urbanas (ComUrb). Deste modo, as associações de municípios, tal como existem agora, têm o fim anunciado e vão ter de optar pelo modelo de divisão que pretendem. Os municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral “estão atrasados neste processo”, uma vez que “ainda não começaram o debate sobre o tipo de modelo a seguir”.
Carlos Beato disse ao “Setúbal na Rede” que “é preciso recuperar o tempo perdido” e começar a reflectir sobre esta questão, para se chegar a conclusões “o mais rápido possível”. Embora ainda não tenha tomado uma posição no âmbito da Associação de Municípios, o presidente da Câmara de Grândola considera que o modelo da Comunidade Urbana “pode ser aquele que mais se adequa à realidade do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral”. A Comunidade Urbana deverá ser constituída por três municípios, no mínimo, com 150 mil habitantes.
Para o autarca, estas regiões alentejanas “precisam de ter mais peso e mais voz no país e na União Europeia”, e isso só se consegue através de um bom modelo organizacional. “A ComUrb talvez seja o modelo que ajude a enfrentar melhor os desafios da região”, refere. No entanto, Carlos Beato não quer fazer mais comentários sobre este assunto, “até que comece o processo de reflexão na AMDB”, e adianta que a decisão dos municípios terá de ser “consensual”.
Outra das prioridades de Carlos Beato na presidência do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral é “ajudar a reforçar a imagem desta região e sub-região”, bem como “afirmar o seu peso e erguer a sua voz política”. Para o autarca, esta região alentejana têm “muitas potencialidades, que precisam de ser acentuadas”. Aqui, a associação de municípios “deve ter um papel muito importante”, no sentido de “reforçar o diálogo com o Governo para que este dê mais apoio ao desenvolvimento e às decisões dos municípios”.
A elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento é outro dos desafios. O autarca considera que “é importante definir um modelo que se adeqúe à realidade da região”. Neste caso, deve ter em conta “as grandes potencialidades, como o turismo e os próprios recursos humanos da região”. O plano tem de ter em conta estratégias para “ajudar a potenciar estes recursos”.