Teatro do Tejo apresenta “Imperatriz Porcina”
A companhia Teatro do Tejo “regressa hoje às suas origens”, através da peça ”Imperatriz Porcina”. A partir de um texto de Baltasar Dias, considerado “o mais importante discípulo de Gil Vicente”, a companhia recupera uma história do século V antes de Cristo, na Índia. De acordo com a dramaturga e actriz, Cristina Bizarro, “trata-se de uma história de encantar, repleta de elementos do maravilhoso”.
A peça acompanha “as peripécias de uma mulher pertencente à alta sociedade” que é “injustamente acusada de adultério” pelo cunhado, e que acaba “condenada ao exílio”. Em palco vão estar cinco actores que, segundo Cristina Bizarro, conseguiram ensaiar a peça “em cinco semanas”. A dramaturga explica que a rapidez se deve ao facto de se tratar de um texto que, “apesar de ser antigo, é também muito claro e colorido”.
Cristina Bizarro relembra que a companhia de teatro está a contar uma história que vem de “tempos imemoráveis”. Isto porque, chegou até nós, do Brasil, “nas mochilas dos descobridores, no século XVI”. É uma história que “atravessa o tempo e o espaço”, que passou pelas mãos de reis e filósofos e que “a companhia de teatro resolveu adaptar”.
O espectáculo vai ser acompanhado por música medieval, tocada ao vivo, com a direcção de Carlos Guerreiro. Além disso, é uma história com muitos excertos do Romanceiro de Trás-os-Montes, poesias persas, discursos históricos e mitos hindus.
A peça, encenada por José Mora Ramos e adaptada por Cristina Bizarro, estreia no Fórum Municipal Correia, em Almada. A obra, que vai estar em cena também nos dias 16 e 15 às 21h30 e dia 18 de Abril às 16 horas, foi aprovada pela Gulbenkian e contou com o apoio do IPE.