“Setúbal não é uma cidade-euro, logo vai ser procurada apenas para o turismo”, quem o garante é o coordenador nacional de segurança pública, Guedes da Silva. Contudo “é preciso redimensionar os meios para responder aos possíveis problemas”. Numa reunião entre o Governo Civil de Setúbal e a Comissão do Euro 2004, esta manhã, a governadora, Maria das Mercês Borges, sublinhou “a importância da partilha de informações entre todas as entidades”.
Para Guedes da Silva, o Euro 2004 “é uma preocupação nacional, e não exclusivamente do distrito de Setúbal”. Por isso, garante que o distrito “nada tem a recear” porque “há planos de emergência para fazer face aos problemas”. É preciso “desmistificar o Euro 2004 porque não vai ser a invasão dos vândalos”, mas sim um ambiente festivo. A principal preocupação deve ser o número de pessoas a circular, “que vai aumentar muito”.
Assim, ao distrito cabe apenas “proteger os corredores de acesso aos estádios, a Lisboa e ao Algarve” garante Alcino Marques, coordenador da Protecção Civil do Distrito. Setúbal vai disponibilizar ainda “os meios de que dispõe às cidades-euro”. Por exemplo, “vai ser constituído um grupo de socorro com 3 viaturas para mandar para o Algarve”.
No distrito “vai ser montado um pré-dispositivo nos eixos com mais fluxo de trânsito”. A segurança vai ser reforçada na A2, que liga Lisboa ao Algarve, e na A6, entre a Marateca e a Caia. Isto porque, estas duas vias “podem trazer milhares de adeptos do Algarve e de Espanha”. Além disso, a selecção nacional vai estar em Alcochete, no centro de estágios do Sporting, o que acarreta “medidas próprias”. Segundo a governadora, “a via de acesso vai ser alcatroada e vai ser criado estacionamento”.
Guedes da Silva e Maria das Mercês Borges sublinharam que o distrito “vai receber poucos turistas ingleses”. A cidade de Setúbal, a de Almada e a Costa Alentejana “vão ver um maior reforço dos meios”. Quanto à contingência hospitalar, Álvaro Campeão, que coordena a Protecção Civil Nacional, afirma que está a desenvolver “meios especiais como grupos de primeira intervenção fora dos estádios”. Também está a ser acautelada “a necessidade de criar unidades móveis de apoio pré-hospitalar”.