Greve no S. Bernardo com prejuízo
de quase três milhões de euros
Os 56 dias de greve dos médicos do Hospital de S. Bernardo já provocaram um prejuízo de quase três milhões de euros, “com exclusão do factor humano”. O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Carlos Arroz, considera que a paralisação está a ter um “impacto negativo” a todos os níveis. A comprovar está o facto de já terem sido adiadas “16520 consultas e 336 cirurgias”.
Carlos Arroz disse ao “Setúbal na Rede” que os médicos “vão regressar ao trabalho entre os dia 16 de Abril e 27 de Abril”. No entanto, “voltam à greve no dia 27 de Abril”, se os Conselhos de Administração do Hospital de S. Bernardo e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) “não cumprirem o que foi acordado”. Por isso, vai ser dado “um espaço de manobra de dez dias” para que “possa existir alguma proposta”.
Depois de realizadas várias reuniões com o CA do hospital e com o CA da ARSLVT “o sindicato nunca obteve qualquer proposta concreta”, refere o secretário-geral do SIM. Os médicos “vão continuar a lutar” para que o Conselho de Administração “cumpra o acordo” e pague os retroactivos dos anos de 2000, 2001 e 2002.
A greve dos médicos do Hospital de S. Bernardo começou no dia 26 de Janeiro e, até ao momento, foram apenas pagos os retroactivos do ano de 2003. Os médicos continuam à espera que se cumpra o que foi acordado numa reunião realizada no dia 25 de Setembro. Ou seja, que o CA do Hospital de Setúbal proceda ao pagamento de horas extraordinárias entre Julho de 2000 e Dezembro de 2002, que devia ter sido feito até ao dia 31 de Dezembro de 2003.