EMPRESAS, MOTORES DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO
Jorge Nunes, presidente da direcção da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Santiago do Cacém
“A economia das pessoas melhorou
mas a terra continuou improdutiva”
Com um volume de negócios superior a 500 milhões de euros, em 2003, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Santiago do Cacém (CCAMSC) é a maior do país e pioneira na abertura de novos balcões nos concelhos limítrofes, o que aconteceu em 1980 ainda que a lei previsse esta possibilidade para as Caixas Agrícolas desde 1919. Em entrevista ao “Setúbal na Rede”, Jorge Nunes, presidente da CCAMSC, critica a forma como foram canalizados os subsídios comunitários para a agricultura portuguesa e afirma que, embora “não tenha capacidade competitiva”, a agricultura em Portugal “está mais sólida e nunca irá desaparecer”. A polémica que envolveu a Caixa Central e as soluções encontradas são igualmente temas abordados pelo presidente, que acredita que o Crédito Agrícola tem condições para ocupar “o quarto ou quinto lugar” no ‘ranking’ das maiores instituições financeiras do país. Ainda que tenham começado como um banco de apoio à agricultura, as Caixas Agrícolas diversificaram a sua actividade, concorrendo agora com as outras instituições financeiras.
Setúbal na Rede – Como é que encara o facto de uma instituição financeira estar incluída na lista das melhores empresas do distrito de Setúbal, em conjunto com outras empresas que são produtivas ou de comércio?
Jorge Nunes – Num banco, o que contribui para determinar o volume de negócios é o montante de depósitos e os financiamentos feitos num determinado período, as operações activas e operações passivas, além de outras pequenas operações, tal como acontece com as empresas. Quando falamos de um volume de negócios de cem milhões de euros, considera-se que esse foi o montante movimentado durante o ano.
SR – E podemos considerar que esta instituição, a Caixa de Crédito Agrícola de Santiago do Cacém, está de boa saúde financeira?
JN – Sim. A Caixa de Santiago do Cacém é a maior do país, já atravessou bons e maus momentos, porém, quando entrámos na Comunidade Europeia, as Caixas Agrícolas em geral atravessaram um mau momento, isto porque este tipo de instituição trabalhava apenas com a agricultura. Quando entrámos na comunidade a população activa que se dedicava à agricultura rondava os 26%, actualmente está nos 8% e ainda tem que baixar mais.
Além da redução dos efectivos na agricultura tivemos ainda quatro anos de seca, desde 1989 a 1993, e se o Alentejo já é seco, sem chuva a situação piora ainda mais. Como as Caixas estavam exclusivamente vocacionadas para a agricultura, acabaram por sofrer com a situação. Nós, que já éramos dos maiores, tínhamos muito dinheiro emprestado e acabámos por passar maus momentos. Valeu-nos ter um capital considerável que permitiu suportar essas perdas.
Acontece que todas essas operações eram efectuadas com alguma cautela, com todos os pontos analisados ao pormenor, e nesta situação, embora o agricultor não pudesse regularizar o empréstimo, tinha dado as propriedades como garantia. Depois de muitas acções em tribunal viemos a recuperar algum desse crédito e neste momento temos apenas cerca de 1% de créditos mal parados. O último ano foi um dos melhores para nós.
SR – Mas a agricultura, hoje, já não é o que era.
JN – Não, está muito mais sólida. Ainda que, na generalidade, o nosso agricultor não tenha aproveitado devidamente os fundos comunitários e os nossos governantes também não os tenham sabido orientar, isto porque o exemplo tem que vir de cima. Com isto, quero dizer que houve fundos comunitários que foram utilizados para melhorar a situação financeira dos agricultores e não na transformação da empresa agrícola. Isto aconteceu porque existiram muitos subsídios utilizados para fazer determinadas culturas que não foram aproveitados para fazer melhorias na terra. Existem algumas excepções de louvar, porém foi feito muito pouco na transformação e melhoria da propriedade agrícola.
SR – Falhou a fiscalização?
JN – Falhou, embora a questão venha de trás, pois falhou a orientação até da própria Comunidade. No Alentejo, gastou-se muito dinheiro a tentar cultivar linho sem que se tenha colhido um único grão. As pessoas semeavam apenas para receberem o subsídio, gastavam 20 e recebiam 40. A economia das pessoas melhorou mas a terra continuou improdutiva. Existe também outra questão que se aplica a todo o país e a toda a economia, que é a burocracia instalada que leva muitas vezes à falência das empresas e dos empresários. Muitas vezes os projectos quando chegam a ser implementados, já o agricultor não consegue que tenham rentabilidade. Por vezes o projecto está orçado para custar 10 e quando chega a ser implantado já custa 12, o que obriga o agricultor a recorrer a créditos que por sua vez implicam o pagamento de juros.
SR – A execução de qualquer projecto pressupõe sempre o recurso a fundos próprios e nessa medida a Caixa Agrícola é sempre um parceiro. Quando a aplicação de fundos não é bem feita a Caixa é penalizada?
JN – Quando o empresário elabora a candidatura, verifica o dinheiro que tem, o que vai receber por ter efectuado o projecto e acaba por fazer um crédito para o restante dinheiro que necessita. Quando a aprovação dos projectos é muito demorada, o empresário mantém o mesmo dinheiro que tinha, o mesmo valor de subsídio, porém já necessita de um crédito maior para financiar o mesmo projecto. Nesta perspectiva, ainda que se verifique que o projecto já não é muito viável, a Caixa acaba por conceder o empréstimo, o que por vezes acaba por ser um erro.
SR – Tem havido dificuldades para cobrar os financiamentos?
JN – Tivemos dificuldades durante vários anos. Felizmente que hoje a situação está melhor. Naquela altura também cometemos alguns erros com os quais aprendemos, mas neste momento é completamente diferente.
SR – Neste momento o ‘crivo’ da Caixa de Crédito Agrícola é mais apertado?
JN – É mais apertado e além disso existem menos agricultores. Quando existem subsídios todas as pessoas vão atrás deles, mas a verdade é que os subsídios, por si só, não resolvem nada.
SR – Mas tem uma visão muito positiva duma área que tem cada vez menos pessoas a trabalhar.
JN – Tem mesmo muito menos gente. No que respeita à instituição, o que aconteceu foi que tivemos que fazer o alargamento do âmbito de actividade das Caixas de Crédito Agrícola. Essa foi uma luta minha junto do Governo e do Banco de Portugal. Actualmente a Caixa Agrícola de Santiago já faz financiamentos a todas as actividades, com riscos mais diversificados, ainda que esta prática não seja comum a todas as instituições deste género.
SR – Ou seja, hoje a Caixa Agrícola é apenas um nome?
JN – Exactamente, porém é um nome que fazemos questão de manter, porque representa as nossas raízes. Estas instituições são mais familiares, mais pessoais, nós temos uma relação muito próxima das comunidades. A nossa administração funciona aqui, funciona junto das comunidades, não é uma gestão centralizada, é mais humana, sentimos e colaboramos com toda a comunidade local. Não é por acaso que os dirigentes destas instituições acumulam funções com a direcção dos bombeiros, dos clubes de futebol, das filarmónicas e, no meu caso, exerço também funções na Misericórdia. Temos dado muito apoio às comunidades locais e não queremos perder isso. A palavra agrícola aproxima-nos dos meios rurais, das pessoas.
SR – Estando este banco aberto a todas as actividades, como é que consegue concorrer com os outros bancos, apresentando uma imagem tão discreta face à concorrência?
JN – Precisamente com o que lhe falei anteriormente, a proximidade das comunidades locais. Nós estamos inseridos na comunidade, as pessoas conhecem-nos e nós conhecemo-las. Há alguns anos, tínhamos uma pessoa de idade que fazia aqui vários depósitos, numa altura em que tínhamos uma taxa de juro muito baixa e que não nos interessavam os depósitos. Por insistência da família o senhor acabou por levantar o dinheiro daqui mas chorou por estar a abandonar a ‘sua’ Caixa.
Na penúltima assembleia-geral tivemos aqui mil e cinco sócios, fazemos algumas actividades e é assim que cativamos as pessoas. É a proximidade com a comunidade que nos faz ter vantagem na concorrência com instituições mais poderosas em termos de marketing. Este ano, devido a um projecto que deixei começado na Caixa Central, vamos apostar fortemente em publicidade e marketing, um investimento de mais de meio milhão de contos.
SR – O nome Agrícola não afasta as pessoas, isto porque muita gente tem a ideia que a Caixa continua a ser apenas para agricultores.
JN – Ainda existe, de facto, essa ideia, daí irmos investir mais em publicidade. Este é um projecto arrojado, que vai custar muito dinheiro, mas era indispensável.
SR – Mas a agricultura tem cada vez menos expressão na actividade da Caixa?
JN – Mais de metade da nossa actividade já não está ligada à agricultura.
SR – E a crise económica que hoje se vive, também se faz sentir numa instituição como esta?
JN – Claro que sim, existem muitos construtores civis que não conseguem vender as casas que construíram, apesar das taxas de juro estarem muito baixas. O que acontece é que as famílias estão de tal forma endividadas que não têm capacidade para mais, pois até existem endividamentos na ordem dos 100%.
SR – Atendendo à proximidade que têm com as pessoas têm muito contacto com situações dessas. Como é que conseguem relacionar a componente empresarial com a componente humana?
JN – Isso é muito complicado para nós, administradores das Caixas Agrícolas, porque as pessoas nos conhecem. Num banco normal o administrador pode até conhecer os problemas mas não tem que os enfrentar porque não tem proximidade com o cliente. Já me aconteceu várias vezes chorar com o cliente perante as suas dificuldades, mas é necessário colocar o coração de um lado, o profissionalismo de outro e a instituição de outro. Nós emprestamos o dinheiro dos nossos depositantes, logo ele tem que ser devolvido. Também já tenho tido ameaças de morte por não emprestar dinheiro ou por querer recebê-lo.
SR – O que faz da Caixa Agrícola de Santiago do Cacém a maior do país?
JN – Primeiro temos construído, ao longo dos anos, uma boa equipa de trabalho que funciona em sintonia. Temos uma dinâmica muito forte, muita exigência, rigor, e temos ideias. A legislação que rege as Caixas vem de 1911 e previa a existência de uma Caixa em cada concelho. Desde 1919 que era permitida a abertura de delegações, mas a Caixa de Santiago foi a primeira instituição deste género a fazê-lo, tendo aberto o seu segundo balcão em 1980. Na altura ainda estávamos dependentes da Caixa Geral de Depósitos, ninguém sabia como devia funcionar, mas tivemos que recorrer à nossa imaginação e capacidade de adaptação.
Em 1982 abrimos mais uma dependência no Cercal e a partir daí começaram a haver mais ramificações das várias Caixas pelo país. O nosso exemplo foi seguido de tal forma que temos, hoje, aproximadamente 630 balcões para 120 Caixas. Esta atitude propiciou o alargamento da área de acção da Caixa de Santiago e consequentemente o seu negócio.
SR – Quantos balcões têm actualmente?
JN – Temos 11 balcões em quatro concelhos, Ourique, Grândola, Sines e Santiago do Cacém, que alargam a nossa base de clientes e fortalecem o nosso nome.
SR – Qual é a autonomia de cada Caixa de Crédito Agrícola, sendo que todas elas estão representadas pela Caixa Central?
JN – Dentro das regras que estão definidas têm total autonomia. Têm que obedecer a ‘plafons’ impostos pelo Banco de Portugal, de acordo com os respectivos rácios, e seguem algumas orientações da Caixa Central no que respeita a modelos de gestão, taxas de juro de operações activas e passivas, regulamentos de admissão de pessoal e formação. Quando se verifica que existem problemas de gestão em alguma Caixa, a Caixa Central intervém para destituir os órgãos sociais e para criar uma comissão administrativa.
SR – Como está a resolução dos problemas que têm afectado a Caixa Central nos últimos anos?
JN – Houve de facto problemas na Caixa Central e em algumas participadas. Houve desentendimentos a nível dos órgãos sociais, de tal forma que o Banco de Portugal acabou por destituir a administração da Caixa Central. Foi no seguimento dessa destituição que eu fui convidado para constituir uma nova equipa e para voltar à Caixa Central, da qual fui um dos fundadores.
A equipa que constituí foi excelente, tivemos um trabalho árduo, mas reorganizámos a Caixa Central, capitalizámo-la, atingimos os rácios obrigatórios, regularizámos o Central Banco de Investimentos (CBI), que vai ser extinto, regularizámos a Rural Seguros e encerrámos os resultados de 2003 do Crédito Agrícola com 143% face aos de 2002. Se não fossem as previsões para a Rural Seguros e para o CBI, teria fechado o ano com um resultado líquido de18 milhões de euros, mas assim ficou-se pelos cinco milhões.
Foram pagos todos os impostos de há vários anos, no valor de 27 milhões de euros, foram repostas todas as previsões e foi implantada uma nova dinâmica na Caixa Central. Para ter uma ideia, o meu Conselho de Administração reunia às oito da manhã, destituí a administração da Rural Seguros e nomeei outra, tendo-lhe dado posse às oito da manhã. Trabalhei e esforcei-me muito em conjunto com a minha equipa. Acredito que estão lançadas as premissas para tornar o Grupo Crédito Agrícola num grupo financeiro forte, que tem todas as condições para o ser.
SR – Como é que a Caixa Central chegou a uma situação que implicou a intervenção do Banco de Portugal?
JN – Interesses instalados e guerras de poder. A ânsia de poder leva, muitas vezes, a estas situações. O presidente do Conselho de Administração da Caixa Central tinha dez ou doze cargos, sendo que só o da Caixa Central já é difícil. A situação leva a que as pessoas dispersem demasiado a sua actividade. Depois existiam problemas nas próprias Caixas, na de entre Tejo e Sado andavam todos em guerra, inclusivamente os técnicos nomeados pela Caixa Central, e foram todos demitidos.
Porque o dinheiro não é nosso, tem que haver muito rigor nas instituições de crédito. Além do que já referi, foram também feitas muitas asneiras no CBI, muitas aplicações mal feitas. Houve muita falta de rigor e de responsabilidade, porque o objectivo das pessoas era aparecerem e zelarem pela imagem deles próprios.
SR – Tomou decisões polémicas, pelo que criou inimigos?
JN – Criei e não me importei nada com isso. Um dos amigos que perdi foi o Tavares Moreira, mas a razão um dia virá à tona.
SR – Como é que conseguiu conciliar a actividade na Caixa Central com a manutenção do cargo na Caixa de Santiago?
JN – Passei a dedicar apenas um dia da semana a esta instituição, mas tenho aqui uma estrutura muito boa que me permitia ter essa atitude. Criei uma Comissão Executiva de técnicos da Caixa que tinham um limite de crédito até ao qual poderiam tomar decisões. Uma das grandes mudanças que fiz, foi ficar apenas com o cargo de presidente do Conselho de Administração da Caixa Central para poder vir aqui uma vez por semana, isto durante ano e meio. E os resultados estão à vista e foram recentemente publicados. Para atingir os objectivos contratei um bom gestor, o doutor Costa Pinto, que se mantém no cargo, e implementei um modelo de governação na Caixa Central que não tenho muita certeza de que vá resultar.
Anteriormente existia um Conselho de Administração e depois um Conselho de Gestão que funcionava através dos poderes delegados pela administração. Agora existe um Concelho Geral que define as regras e as grandes orientações e depois existe uma direcção que implementa essas regras e decisões.
SR – Sente que deixou condições para que o Crédito Agrícola tenha capacidade de concorrer com as outras instituições bancárias onde têm existido fusões?
JN – Por agora, o Crédito Agrícola não necessita de fusões, pois temos uma área extensa e não pretendemos sair para fora do país porque temos muito que trabalhar aqui dentro. Em relação ao que deixei feito na Caixa Central sinto que me faltou tempo para fazer mais algumas coisas, mas com o que fiz em conjunto com a minha equipa e com o que deixámos planeado, se for bem implantado, acredito que o Crédito Agrícola tem condições para ser um grande grupo financeiro. À excepção da Caixa Geral de Depósitos, nós somos o único grupo financeiro com capital exclusivamente português.
SR – Que posição ocupa o Crédito Agrícola no mercado?
JN – É o sexto ou sétimo grupo financeiro, mas temos condições para ocupar o quinto ou o quarto lugar.
SR – Que papel desempenha a Caixa Agrícola na Fenacam e na Confagri?
JN – A Caixa de Santiago é a presidente da assembleia-geral da Fenacam, tendo sido fundadora de todas as estruturas do grupo. Já fizemos parte de todos os órgãos sociais da Fenacam. Fomos fundadores da Caixa Central, fizemos parte da primeira administração, onde voltei posteriormente e em Julho pretendo fazer uma avaliação da situação e espero não ter que lá voltar. Fundámos também a Rural Seguros, a Crédito Agrícola Vida e a Rural Informática. Estamos em todas as estruturas desde o início e como somos os maiores também temos a maior participação em cada uma delas. Da Confagri, a Fenacam é uma das fundadoras.
SR – Qual é a importância para a Caixa de Santiago de estar representada nestas estruturas?
JN – Sendo confederações cooperativas temos todo o interesse em pertencer as estas estruturas para que nos defendam quer a nível da comunidade, quer do Governo.
SR – Conseguem ter voz activa?
JN – Considero que sim, ainda que pudéssemos ter mais.
SR – O que reserva o futuro em termos de agricultura?
JN – Acredito que o futuro não é muito risonho porque não temos capacidade para concorrer com a agricultura francesa e espanhola. Mas se não produzirmos, mesmo em pequena escala e com algum prejuízo, se ficarmos dependentes da Comunidade Europeia, poderemos não ter o que comer. Temos que continuar a produzir mas não temos capacidade concorrencial com os outros países da Comunidade.
SR – Não se corre o risco de termos uma Caixa de Crédito Agrícola e não termos agricultura?
JN – Espero que não, porque a agricultura vai existir sempre. Mesmo que se pense acabar com muitos dos empresários agrícolas, vai existir sempre o agricultor de fim-de-semana, que é bastante importante para a economia.
SR – Esta é uma empresa bem integrada na região?
JN – No concelho de Santiago do Cacém, a Caixa representa 52% de todo o movimento bancário. Isto acontece porque as pessoas sentem que esta é uma instituição credível na qual têm confiança.
SR – A instituição assume um papel de cidadania?
JN – Na penúltima assembleia-geral fizemos distribuição por várias áreas, quatro associações de bombeiros, creches, casas do povo, entre outras instituições de solidariedade social. Estas instituições estão ligadas à Caixa Agrícola e os donativos são o retorno que nós lhes damos. É importante manter esta atitude porque não somos alheios aos problemas que as instituições da nossa região enfrentam. O papel social que desempenhamos é diferente do de qualquer outra instituição bancária e a população reconhece esse esforço.