O Futuro que queremos para o Distrito de Setúbal
“Setúbal na Rede”
promove seminário
para definir futuro do distrito
O
“Setúbal na Rede” quer ajudar “a definir o rumo estratégico do distrito” explica Pedro Brinca, director do jornal. Por isso, está a organizar a terceira edição do Seminário “O Futuro que queremos para o distrito de Setúbal”, que vai realizar-se no dia 25 de Maio. Desta vez o tema é a Economia e o objectivo “é levar os agentes da região e os cidadãos comuns a participar na vida do distrito” e a “debater o rumo a seguir em tempo de retoma económica”. O jornal quer ainda assumir a “fiscalização dos compromissos assumidos pelos participantes”.
O Seminário “O Futuro que queremos para o distrito de Setúbal” já vai na sua terceira edição, e Pedro Brinca espera “ter o mesmo êxito que as edições anteriores”, até porque o tema é bastante “mobilizador”. Em 2000, o tema dominante foi o turismo como o sector mais viável para o distrito. Dois anos depois, no Convento da Arrábida, em plena época “quente” da co-incineração debateu-se o ambiente. Nessa altura, foi possível perspectivar à distância que “o tema de 2004 tinha de ser a Economia”.
A discussão “pode passar pelo fim do III Quadro Comunitário de Apoio”, que atira a Península de Setúbal para fora dos apoios comunitários. O balanço da aplicação de verbas atribuídas à região e as suas consequências no futuro também está agendado para debate. Nesse sentido, Pedro Brinca acredita que “a discussão destes temas pode ajudar a esclarecer caminhos para a crise”. Além disso, mentes esclarecidas são mais “participativas” e é isso que o
“Setúbal na Rede” “quer fomentar”.
Sobre o risco de se chegar a conclusões importantes que nunca são dinamizadas, Pedro Brinca afirma que o jornal “tenta fiscalizar a aplicação”. Contudo, o empenho na fiscalização “não tem sido tão grande como o desejado”, apesar de noutros seminários “os intervenientes terem assumido compromissos”. Por isso, a terceira edição vai ser o “arranque da responsabilidade de verificar se as promessas se cumprem ou não”.
A escolha dos intervenientes recaiu “sobre as presenças obrigatórias pelo peso institucional”, mas também foram convidados membros de agentes económicos. Por exemplo, António Capoulas vai representar a Associação Empresarial da Região de Setúbal (AERSET) para “dar uma visão clara do tecido empresarial do distrito”. Pedro Brinca quer dar um enfoque “especial” às questões sociais e, para isso, opta pelo representante da Cáritas, Eugénio Fonseca. A Autoeuropa vai surgir “como o motor da região”, pois é o exemplo de um “caso de sucesso em tempo de crise”.
Para dinamizar o debate, o
“Setúbal na Rede” vai pôr em prática um modelo que foi testado no debate sobre a Baía de Setúbal, em Novembro de 2002. Entre o público vão estar elementos convidados com estatuto quase de oradores, cujo papel “é fazer perguntas às pessoas da mesa”. Sem revelar nomes, Pedro Brinca levanta a ponta do véu e esclarece que se tratam de “economistas, gestores e professores com ideias muito definidas quanto ao rumo a dar à região”.
Pedro Brinca não esconde que o jornal também foi afectado pela crise económica e “passou momentos difíceis devido à importância que as autarquias têm na economia regional”. Conforme explica, “os principais clientes” do
“Setúbal na Rede” são câmaras municipais e pequenas e médias empresas, também elas dependente das autarquias. Quando a crise chegou, “as câmaras deixaram de pagar e começou a acumulação de dívidas”. Contudo, actualmente, o jornal está numa “situação financeira próxima da estabilidade e da recuperação efectiva”.
O debate está aberto a qualquer cidadão. O
“Setúbal na Rede” impõe apenas que os interessados preencham, gratuitamente, o formulário disponível no site. Os interessados podem ainda inscrever-se através de e-mail, fax ou telefone. A participação cívica é “importante” e as pessoas “não se podem demitir do seu papel de cidadãos”. Isto porque, “para eleger é preciso participar, orientar e fiscalizar” e é isso que o “Setúbal na Rede” pretende “proporcionar”.  |